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Previous issue date: 2017-05-11 / Coordination failures are often said to play an important role in business cycles. If agents’ incentives of taking a given action depend on the amount of other agents expected to take the same action, coordination failures can often arise. Firms may not invest because they do not expect others to invest, confirming their initial expectations. Similarly, banks may not lend because they do not expect others to lend. This dissertation analyzes different environments in which crises arise as a result of coordination failures. The first chapter analyzes an economy that is subject to a dynamic coordination problem. Because of aggregate demand externalities, firms’ incentives to increase their production depend on expected demand, which in turn depends on the amount produced by other firms. The problem is dynamic since firms do not take investment decisions at the same time, implying that a firm deciding today is trying to forecast what other firms will decide in the future. This opens the possibility of dynamic coordination traps: firms do not invest today because they do not believe others will invest tomorrow, generating lower incentives for firms to invest at future dates. This chapter focuses on the following questions: In economies subject to dynamic coordination traps, what is the optimal stimulus policies? Should policy makers provide higher incentives to production in times of low economic activity? The answer is that a constant subsidy implements the first-best in an economy where beliefs are endogenously determined. The reason is that, although it is harder to coordinate in times of low economic activity, agents are naturally more optimistic about the future in times of poor economic activity and reasonably good fundamentals. This optimism arise from the fact that in bad times negative shocks do not change the level of economic activity, while positive shocks may end a recession. The second chapter proposes a model to study unusually deep financial crises. Previous empirical work has found that financial crises are very deep and persistent on average, but there is a lot of heterogeneity across different episodes. Some financial crises feature a very distressed financial sector, but little distress on the real sector, while others are real macroeconomic disasters. In light of this evidence, I propose a model in which there is a highly non-linear feedback between the real and the financial sector. Disaster episodes arise from the dynamic interaction of two frictions: coordination frictions and financial frictions. When banks have weak balance sheets they do not intermediate much capital. This causes firms to get trapped in a self-reinforcing regime with low aggregate demand, which ends up provoking further damage to banks’ balance sheets. I use the model as a laboratory to study unusually deep financial crises and the effects of some policies. It is shown that the effects of disasters go far beyond what we observe during those episodes: they imply very low asset prices, economic growth and welfare, even in good times and when their probability is very small. Policies that protect the financial sector from those episodes can be very beneficial. Moreover, higher risk-taking in bad times may improve economic growth, welfare and financial stability. The third chapter studies the policy trade-off of a regulator that wants to avoid coordination failures, but at the same time does not want to generate distortions arising from moral hazard. Banks have investment opportunities with an expected return that depends positively on the amount of other banks undertaking similar investments, opening room for coordination failures. At the same time, banks may risk-shift to projects with smaller expected return but higher volatility. By providing guarantees in case of failures, a regulator can enhance coordination, but that leads banks to switch to worse projects. It is shown that in some states a regulator will provide no guarantees, even if it that means allowing a coordination failure to happen. Moreover, the possibility of risk-shifting reduces the amount of guarantees needed to avoid a coordination failure. / Com frequência argumenta-se que falhas de coordenação têm um papel importante no ciclo de negócios. Se os incentivos dos agentes a realizar determinada ação depende da quantidade esperada de outros agentes que tomarão a mesma ação, falhas de coordenação podem acontecer. Empresas podem não investir porque não esperam que outras empresas irão investir, confirmando suas expectativas iniciais. De maneira similar, bancos podem não conceder empréstimos porque eles não esperam que outros bancos irão fazer o mesmo. Esta tese analisa diferentes ambientes onde crises surgem como o resultado de falhas de coordenação. O primeiro capítulo analisa uma economia que está sujeita a falhas de coordenação dinâmicas. Por causa de externalidades de demanda agregada, os incentivos para uma dada firma aumentar sua produção dependem da demanda esperada, que por sua vez depende da quantidade produzida por outras firmas. O problema é dinâmico porque as firmas não tomam decisões de investimento ao mesmo tempo, implicando que uma firma tomando decisões hoje está tentando prever o que outras firmas decidirão no futuro. Isso abre a possibilidade de falhas de coordenação dinâmicas: firmas não investem hoje porque elas não acreditam que outras firmas investirão amanhã, gerando incentivos menores para outras firmas investirem no futuro. Este capítulo foca nas seguintes questões: Em economias sujeitas a este problema de coordenação dinâmico, qual a política de estímulo ótima? O governo deveria prover mais estímulos em épocas de baixa atividade econômica? A resposta é que um subsídio constante implementa o ótimo nesta economia. O motivo é que, embora seja mais difícil coordenar em tempos de baixa atividade, os agentes estão naturalmente mais otimistas sobre o futuro em tempos de baixa atividade e fundamentos razoavelmente bons. Este otimismo surge do fato que em tempos ruins choques negativos não alteram o nível de atividade econômica, mas choques positivos podem acabar com uma recessão. O segundo capítulo desta tese propõe um modelo para estudar crises financeiras mais severas que o usual. Trabalhos empíricos prévios mostram que, em geral, crises financeiras são muito profundas e persistentes, mas também que há muita heterogeneidade entre diferentes episódios. Algumas crises financeiras causam enormes danos no sistema financeiro, mas pouco dano no setor real, enquanto outras são verdadeiros desastres macroeconômicos. À luz desta evidência, esta tese propõe um modelo onde há um feedback extremamente não linear entre o setor financeiro e o setor real. Desastres surgem através da interação dinâmica de duas fricções: fricções de coordenação e fricções financeiras. Quando os bancos estão com problemas em seus balanços, eles optam por intermediar menos capital. Isso leva as firmas a entrar em um regime com baixa demanda agregada, que causa ainda mais dano ao capital dos bancos. Este modelo é utilizado como um laboratório para estudar crises financeiras muito severas e o efeito de algumas políticas. É mostrado que os efeitos de desastres econômicos vão muito além do que observamos durante estes episódios. Eles levam à queda dos preços de ativos, baixo crescimento e perdas de bem-estar, mesmo que a probabilidade destes eventos seja muito pequena. Finalmente, quando os bancos tomam mais risco em tempos ruins, podemos ter um aumento de crescimento, bem-estar e estabilidade financeira. O terceiro capítulo estuda o trade-off enfrentado por um regulador que quer evitar falhas de coordenação, mas ao mesmo tempo não quer gerar distorções que surgem por conta de risco moral. Os bancos possuem oportunidades de investimento cujo retorno esperado depende positivamente da quantidade de outros bancos investindo em projetos similares, abrindo espaço para a possibilidade de falhas de coordenação. Ao mesmo tempo, bancos podem escolher investir em projetos com menor retorno esperado e maior volatilidade. Ao prover garantias em caso de falha de um banco, um regulador pode melhorar a habilidade que estes têm de coordenar, mas ao mesmo isto pode levar os bancos a tomarem risco excessivo. É mostrado que em alguns estados o regulador não proverá garantias, mesmo que isso implique permitir que uma falha de coordenação aconteça. Ainda, a possibilidade dos bancos tomarem risco excessivo reduz a quantidade de garantias necessárias para evitar uma falha de coordenação.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:bibliotecadigital.fgv.br:10438/18270 |
Date | 11 May 2017 |
Creators | Machado, Caio Henrique |
Contributors | Araujo, Luis Fernando Oliveira de, Camargo, Bráz Ministério de, Iachan, Felipe Saraiva, Rodrigues Junior, Mauro, Escolas::EESP, Guimarães, Bernardo de Vasconcellos |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | English |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional do FGV, instname:Fundação Getulio Vargas, instacron:FGV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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