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Estrutura genética de golfinhos-rotadores (Stenella longirostris Gray, 1828) no litoral brasileiro

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Previous issue date: 2013-02-27 / Golfinhos-rotadores, de distribuição pantropical, apresentam estruturação genética em populações do Oceano Atlântico Norte e Pacífico Norte, entretanto pouco se sabe sobre tais processos em populações do Oceano Atlântico Sul. Fatores históricos, ambientais e comportamentais e estrutura social influenciam na estrutura populacional desta espécie. A fim de avaliar a existência de estrutura genética em grupos de golfinhos-rotadores do litoral brasileiro 414 amostras foram testadas com nove loci microssatélites. Avaliando-se 223 indivíduos e sete loci polimórficos não ligados, os golfinhos-rotadores do litoral brasileiro apresentaram valores altos de heterozigosidade observada (Ho=0,97238) e esperada (He=0,81300) e diversidade genética (Dg=0,812). Análises de diversidade genética com os locais de coleta dos indivíduos revelaram altos índices de diversidade genética, heterozigosidade observada e esperada para todas as localidades. Amostras de Pernambuco (PE) apresentaram o maior valor de diversidade genética (Dg=0.880952) e de heterozigosidade esperada (He=0.88095) e as do Espírito Santo (ES) apresentaram o maior valor de heterozigosidade observada (Ho=0.95238). Nenhuma das localidades amostradas apresentou valores significativos de coeficiente de endocruzamento, já os desvios do EHW foram significativos para os indivíduos do Arquipélago de Fernando de Noronha e Rio de Janeiro. A AMOVA (FST=1.86), as análises de cluster bayesianas, as análises de componentes principais (ACP) e as estatísticas F (FST: 0.0198; RST: 0.0165; P≤0,001) revelaram a separação genética dos golfinhos-rotadores do litoral brasileiro em duas populações com diferenciação genética significativa entre si. As duas populações apresentam diversidade genética (P1: Dg=0.793601; P2: Dg=0.783185), heterozigosidade observada (P1: Ho=0.96156; P2: Ho=0.98047) e esperada (P1: He=0.82024; P2: He =0.79415) e riqueza alélica (P1: Ra=13,1; P2: Ra=8,8) altas. Ambas as populações apresentaram desvios significativos do EHW em praticamente todos os loci. Indivíduos amostrados no Arquipélago de Fernando de Noronha foram agrupados em duas diferentes populações sugerindo que existam duas populações de Stenella longirostris neste arquipélago, uma residente e outra formada por transientes. A estruturação identificada agrupou indivíduos amostrados em diferentes áreas do litoral brasileiro sugerindo que existe fluxo gênico mesmo entre regiões distantes.

Palavras-chave: cetáceos; diversidade genética; estrutura populacional; microssatélites.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/5224
Date27 February 2013
CreatorsFARIA, D. M.
ContributorsSilva-JR, J. M., FAGUNDES, V., FARRO, A. P. C.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Biodiversidade Tropical, Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Tropical, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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