[pt] Ao longo da história da Teologia as concepções
escatológicas se sucederam. No
entanto, na maioria das vezes, não souberam harmonizar
perfeitamente a relação
história e eternidade. Na atualidade, apesar do interesse
que a escatologia
desperta, as novas concepções desenvolvidas não têm
contribuído
satisfatoriamente para a resolução da requerida ruptura.
A
análise do conceito de
história de Santo Agostinho subjacente em sua magnífica
obra, A Cidade de
Deus tem como objetivo a superação desta dicotomia. Se
corretamente
compreendidas as concepções do nosso doutor podem prestar
uma valiosa
contribuição para um perfeito entendimento da relação
história e eternidade.
Para o hiponense, a providência Divina tudo abrange e
encontra na encarnação
do Verbo sua máxima manifestação. A missão de Cristo é
continuada na Igreja,
a qual, institucionalmente, reúne em seu seio justos e
pecadores, mas que
espiritualmente é a comunidade dos justos que peregrinam
neste mundo e
constitui a comunhão dos predestinados. Agostinho
simultaneamente distingue e
une tempo e eternidade. Os mortos pertencem ainda ao
tempo,
o que favorece o
entendimento da intercessão dos santos, a oração fúnebre
e
a comunhão entre a
Igreja peregrina, padecente e triunfante. Como marca da
simultânea distinção e
união agostiniana entre tempo e eternidade tem-se a
ressurreição dos corpos, o
evento genuinamente escatológico, que está reservado ao
fim
dos tempos e ao
início da eternidade. / [de] Im Laufe der theologischen Geschichte gab es immer wieder
neue kartelogische
Anschauungen. Meisten konnten diese jedoch nicht den
Zusammenhang
zwischen Geschichte und Ewigkeit harmonisieren. Diese zwei
Realitäten
(Geschichte und Ewigkeit) wurden fast immer in einer
dikotomischen Form
behandelt. Die Betonung der einen Form bedeutet jedoch
praktisch die
Verneinung der anderen. In unserer Epoche, die von vielen
Denkern als
postmoderne bezeichnet wird, obwohl die Kartelogie
Interesse hervorruft, bringt
die Theologen dazu, zu versichern, dass wir eine
kartelogische Gärung erleben,
denn die Verwechslung und das Schweigen bezüglich dieses
Themas
(kartelogisch) im seelsorgerischen Bereich sind
alarmierend. Die neuen
Auffassungen im akademisch-theologischen Bereich tragen
nichts zur
Resolution dieser Trennung bei. Durch die Herausforderung
zur Überwindung
der Dikotomie, die die eigentliche Kartelogie verneint und
mit Hilfe der
Theologie wird die Auffassung hinsichtlich der
zugrundeliegenden Geschichte
vom Heiligen Agustin analisiert und interpretiert, welche
die Zeit und die
Ewigkeit vereinigt, wodurch beide Realitäten aufgewertet
werden. Wir sind in
der Zeit und selbst die Toten gehören noch zu dieser Zeit,
was das Verständnis
der Fürsprache durch die Heiligen und der Gebete für die
Toten begünstigt. Die
Kommunion zwischen der pilgernden, duldenden und
triumphierenden Kirche,
denn alle sind noch immer ein Teil der Zeit. Doch die Zeit
wird von der
Ewigkeit fundamentiert und durchzogen und das ist ihr Ziel.
Als Markierung der
gleichzeitigen Unterscheidung und der augustinischen
Vereinigung zwischen
Zeit und Ewigkeit haben wir die Auferstehung der Körper,
ein echtes
kartelogisches Ereignis, eine Reserve für die Beendigung
der Zeit und für den
Beginn der Ewigkeit. Wenn jedoch die Auferstehung der
Körper den Beginn der
Ewigkeit markiert haben wir von ihr bereits eine Probe
erhalten: die
Auferstehung Jesus.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:6669 |
Date | 29 June 2005 |
Creators | LORIVALDO DO NASCIMENTO |
Contributors | PAULO CEZAR COSTA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | German |
Type | TEXTO |
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