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Conhecimento e Solidariedade: uma perspectiva neopragmática sobre ensino de ciências

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TESE DOUTORADO 08.16.pdf: 1416460 bytes, checksum: 7acb7aafc09e98add9122db5c36c2029 (MD5) / Há um problema que tem desafiado filósofos, cientistas, professores e instituições acadêmicas acerca da natureza da ciência e seu lugar nas sociedades contemporâneas: por um lado, uma visão universalista epistemológica do conhecimento científico parte do princípio de que a ciência é una, tem um local e uma data de nascimento mais ou menos mapeado, aproximadamente no século XVI na Europa, e fundamentada na moderna racionalidade europeia; por outro lado, uma perspectiva multiculturalista (no extremo relativista) aponta para a diversidade epistemológica elaborada a partir de distintas culturas humanas, que possuiriam diferentes caminhos para o conhecimento, métodos distintos de apreensão da realidade, que seriam tão legítimas e dignas quanto a ciência hegemônica. As duas perspectivas não são muito simpáticas entre si. O embate entre universalistas e multiculturalistas implica uma reflexão acerca da noção mesmo de “ciência”, assim como de noções correlatas, como de “realidade” e “verdade”, que não se reserva somente ao campo teórico, mas tem consequências importantes para as práticas e instituições. Para o presente trabalho, interessa precisamente as implicações desse debate no que diz respeito ao ensino de ciências nas universidades, sobretudo, a questão da natureza da ciência no ambiente de uma sociedade democrática e inclusiva. A partir daí apresento o que seria uma terceira via do debate: a interpretação do conhecimento científico partindo do neopragmatismo do filósofo norte-americano Richard Rorty (1931-2007), para o qual a ciência pode ser compreendida como uma atividade antes solidária que objetiva. Por fim, defendo a tese de que as políticas de ações afirmativas etnicorraciais são melhores descritas em termos de solidariedade do que de inclusão, e que essa descrição converge com a prática científica como caracterizada aqui. / There is a problem that has stumped philosophers, scientists, teachers and
academic institutions about the nature of science and its place in contemporary
societies: first, an epistemological universalistic view of scientific knowledge
assumes that science is one, has a local and a date of birth more or less
mapped approximately in the sixteenth century in Europe, and based on the
modern European rationality; on the other hand, a multiculturalist perspective
(in relativistic extreme) points to the epistemological diversity drawn from
different human cultures that possess different paths to knowledge, distinct
apprehension methods of reality, that would be as legitimate and worthy as the
hegemonic science.There is a problem that has stumped philosophers,
scientists, academic teachers and institutions about the nature of science and
its place in contemporary societies: on the one hand, an epistemological
universalistic view of scientific knowledge assumes that science is one, has a
place and a date of birth more or less mapped approximately in the sixteenth
century in Europe, and based on the modern European rationality; on the other
hand, a multiculturalist perspective (in relativistic extreme) points to the
epistemological diversity drawn from different human cultures that possess
different paths to knowledge, distinct apprehension methods of reality, that
would be as legitimate and worthy as the hegemonic science. The two
perspectives are not very friendly to each other. The clash between
universalists and multiculturalists implies a reflection on the notion even of
"science", as well as related notions as "reality" and "truth," which is not
reserved only to the theoretical field, but has important consequences for
practices and institutions. From then present what would be a third way of
debate: the interpretation of scientific knowledge starting from neopragmatism
the American philosopher Richard Rorty (1931-2007), for which science can be
understood as an activity before solidarity that objective. Finally, I argue that the
policy etnicorraciais affirmative actions are best described in terms of solidarity
than inclusion, and that this description converges with scientific practice as
featured here.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/23662
Date January 2013
CreatorsAssis, Kleyson Rosário
ContributorsSilva Filho, Waldomiro José, Luz, Alexandre Meyer, Dias, André Luís Mattedi, El-Hani, Charbel El Niño, Candau, Vera Maria Ferrão
PublisherInstituto de Física, Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA, UEFS, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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