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O crime espetáculo na tela: entre a realidade e a ficção

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Previous issue date: 2009-10-23 / The current research intends to reflect in a critical manner about the ways of representation of criminality on audiovisual media, especially on television. The target of this analysis is to point out media processes that highlight and exemplify the way crime is turned into a spectacle, reconfiguring narrative formats of police drama and news currently active. When it comes down to representing images of violence and criminality, the audiovisual media culture has been showing two main slopes: the news that incorporates construction elements typical of soup operas, and the fictional program that intends realism, showing the routine of police in action in big urban areas. Under the eye of speculation promoted by news media, two cases will be analyzed, which took place in 2008: the case of Isabella Nardoni and the young girl Eloá Pimentel, exhaustingly reproduced and detailed on the internet. In the thin line of the crime-spectacle in the universe of fiction, we ll analyze the narrative of TV series CSI: Crime Scene Investigation, highlighting the episodes "Grave Danger" and "Monster in a box". From the methodic point of view, the research bases itself on the audiovisual analysis provided for television and in its versions for Internet and DVD, willing to investigate the connection between the subject in question and the visible object, interpreting the spectator as a morbid voyeur. From the theoretical point of view, the research lays on "real shock" concept by Beatriz Jaguaribe, on the hypothesis of intimacy spectacle by Paula Sibilia, presented on O Show do Eu: a intimidade como espetáculo", and on the "A Sociedade do Espetáculo" by Guy Debord. The arguments concerning the News are anchored by work of Eugênio Bucci and Maria Rita Kehl, "Videologias". The reflexion regarding the spectator with violent images is based on the work by Susan Sontag, "Diante da dor dos outros", and on the works of Arlindo Machado, "A Televisão levada a Sério" and "O Sujeito na Tela". In the end, it is concluded that the persistent shocking images that infest the many diverse ways of informational communication operate through contagious systems, which lead to dramatization elements of the journalism of the real for the fictional and spectacle of crime for the News universe, on television and internet / A presente pesquisa pretende refletir de forma crítica sobre os modos de representação da criminalidade nas mídias audiovisuais, em especial na mídia televisiva. O objetivo da análise é apontar processos midiáticos que evidenciem e exemplifiquem o modo como o crime é transformado em espetáculo, reconfigurando os formatos narrativos de dramas policiais e do telejornalismo vigentes. A cultura das mídias audiovisuais, no que diz respeito à representação das imagens de violência e criminalidade, vem demonstrando duas vertentes predominantes: o telejornalismo que incorpora elementos de construção típicos das telenovelas e a programação ficcional que se pretende realista, retratando o cotidiano da polícia em ação nos grandes centros urbanos. Sob a ótica da espetacularização promovida pela mídia jornalística, serão analisados dois crimes ocorridos no ano de 2008: o caso da menina Isabella Nardoni e o da jovem Eloá Pimentel, fartamente reproduzidos e detalhados na internet. No que tange ao crime-espetáculo no universo da ficção, analisaremos a narrativa seriada televisiva CSI:Crime Scene Investigation, com destaque para os episódios "Grave danger" e "Monster in a box . Do ponto de vista metodológico, a pesquisa baseia-se na análise dos audiovisuais concebidos para televisão e em suas versões para internet e DVD, a fim de investigar a relação entre o sujeito vidente e o objeto visível, entendendo o espectador como voyeur-mórbido. Do ponto de vista teórico, a pesquisa apoia-se no conceito de "choque do real" de Beatriz Jaguaribe, na hipótese de espetacularização da intimidade de Paula Sibilia, apresentada em O show do eu: a intimidade como espetáculo" e na obra "A sociedade do espetáculo" de Guy Debord. As discussões sobre telejornalismo são ancoradas na obra de Eugênio Bucci e Maria Rita Kehl, "Videologias". A reflexão sobre a relação do espectador com as imagens de violência baseia-se na obra de Susan Sontag, "Diante da dor dos outros", e nas obras de Arlindo Machado, "A televisão levada a sério" e "O sujeito na tela". Ao final, conclui-se que as insistentes imagens de choque e violência que assolam os mais diversos meios informacionais de comunicação operam por sistemas de contágio, que levam elementos da dramatização do real do telejornalismo para o universo ficcional e de espetacularização do crime para o universo do telejornal, na televisão e internet

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/5267
Date23 October 2009
CreatorsCama, Mariana Pimenta
ContributorsBeiguelman, Giselle
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, PUC-SP, BR, Comunicação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageUnknown
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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