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Das migrações forçadas à contenção territorial: as geografias do campo de refugiados de Dadaab no Quênia.

Submitted by Irene Nascimento (irene.kessia@ufpe.br) on 2016-10-06T20:07:59Z
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Previous issue date: 2016-05-06 / Capes / A seguinte pesquisa tem como objetivo a compreensão dos fatores estruturantes da dinâmica
territorial do campo de refugiados de Dadaab no Quênia. Formado em 1991 pela migração
forçada do povo somali, em virtude da eclosão da guerra civil em seu país, esse campo de
refugiados, hoje, abriga 348 mil pessoas de diferentes nacionalidades e contextos de
deslocamento forçado. A dimensão desse fenômeno, não é só percebida por ser o maior campo
de refugiados no mundo, mas pela complexidade de fatores envolvidos em sua formação. A sua
origem é aqui relacionada, desde o processo de migração forçada. A suspensão da vida dessas
pessoas, que ao ultrapassarem a fronteira política de seus países, tornam-se refugiadas, não se
refere apenas à perda de seus direitos políticos ou de sua cidadania, mas a uma suspensão de
“sentidos” e de continuidade ocasionada pela sua contenção territorial nesse campo de
refugiados. A sua jornada ou movimento em busca de um refúgio temporário é paralisada e
transformada em espera e contenção. O campo de refugiados de Dadaab, formado em um
contexto de “emergência”, transformou-se em um território de exceção, através de uma prática
de contenção territorial informal adotada pelo governo queniano. A persistência de suas vidas
no campo, em meio a muitas proibições, desenvolveu um processo de reterritorialização
precário, mas confrontado por resistências, contornos e permeado por transterritorialidades e
encontros. / The following research aims to understand the structural factors of territorial dynamics of the
Dadaab refugee camp in Kenya. Formed in 1991 by the forced migration of the Somali people,
because of the outbreak of civil war in their country, this refugee camp, today, houses 348,000
people of different nationalities and forced displacement contexts. The scale of this
phenomenon is not only perceived to be the largest refugee camp in the world, but by
complexity of factors involved in their formation. Its origin is related here, from the forced
migration process. The suspension of their lives, that to overcome the political borders of their
countries, they become refugees, refers not only to the loss of political rights, or their
citizenship, but a suspension of "senses" and continuity occasioned by their territorial
containment in this refugee camp. Your journey or movement, seeking temporary refuge, is
paralyzed and transformed in waiting and containment. The Dadaab refugee camp, formed in a
context of "emergency", turned into a territory of exception, through an informal practice of
territorial containment adopted by the Kenyan government. The persistence of their lives in this
camp, among many bans, developed a process of precarious reterritorialization, but confronted
by resistance, contours and permeated by transterritorialities and encounters.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17958
Date06 May 2016
CreatorsSILVA, Daniela Florêncio da
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/5321058202819628, COZIC, Bertrand Roger Guillaume, MACIEL, Caio Augusto Amorim
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Geografia, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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