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[en] THE OPEN FUTURE: JACOB BURCKHARDT, G.W.F. HEGEL AND THE PROBLEM OF HISTORICAL CONTINUITY / [pt] O FUTURO ABERTO: JACOB BURCKHARDT, G.W. F. HEGEL E O PROBLEMA DA CONTINUIDADE HISTÓRICA

[pt] A modernidade tem na noção de contingência um de seus
atributos mais
marcantes. Isso significa que, na era moderna, vacilam os
modos tradicionais de
atribuição de sentido às coisas do mundo. É possível
afirmar que tal situação
ocorre em virtude, principalmente, da alteração que a
idéia de progresso promove
nas formas de apreensão da temporalidade histórica. O
progresso, enquanto
qualidade de aperfeiçoamento ilimitado do homem, afasta ao
infinito o horizonte
teológico que, até então, determinava o futuro. Assim, na
modernidade, o futuro
se torna aberto à indeterminação, situação que se traduz
no rompimento dos elos
que mantinham unidos passado, presente e futuro, tal como
se pode perceber na
perda de validade do tradicional topos Historia Magistra
Vitae. Para o historiador
Reinhart Koselleck, este momento, que equivale ao
descompasso definitivo entre
as categorias espaço de experiência e horizonte de
expectativa, tem na Revolução
Francesa seu apogeu. A partir da Revolução o homem moderno
se vê forçado a
buscar um elenco alternativo de explicações para os
acontecimentos, capaz de
lidar com a aceleração do tempo, com a transitoriedade
instalada em um presente
cada vez mais fugaz, com a contingência. A tese toma o
problema da continuidade
histórica como ponto de partida para refletir sobre os
modos pelos quais, no
período pós-revolucionário, passou-se a estabelecer a
relação entre futuro,
presente e passado, considerando o atributo da
contingência que permeia a vida
moderna. Para tanto, elegemos como objetos de análise e
comparação duas
perspectivas sobre a história: aquela elaborada por Jacob
Burckhardt em sua
historiografia da cultura; e aquela formulada por G.W.F
Hegel em sua filosofia da
história. / [en] Modernity has in the idea of contingency one of its most
defining
attributes. This means that the traditional modes of
assign sense for things of the
world hesitate at modern age. One can say that this
situation occurs mainly in face
of the modification the idea of progress causes on the
apprehending modes of
historical temporality. Progress, as the quality of man´s
unlimited improvement,
removes to the infinite the theological horizon that until
then determined the
future. In this manner, at modernity, the future becomes
opened to
indetermination, a situation translated as the rupture of
the links that had kept
together past, present and future as it can be perceived
in the loss of validity of the
traditional topos Historia Magistra Vitae. This moment,
which is to the historian
Reinhart Koselleck equal to the definitive disagreement
between the categories
space of experience and horizon of expectation, has its
culmination in the French
Revolution. From the Revolution on, man is forced to find
out an alternative cast
of explanations for the events, capable to deal with the
temporal acceleration, with
the trasitoriness settled at a present more and more
ephemeral, with the
contingency. The dissertation takes the problem of
historical continuity as a
starting point to the reflection on the ways in which the
relation between future,
present and past occurred at the post-revolutionary
period, taking into
consideration the attribute of contingency that permeates
modern life. Therefore
we choose as objects for analysis and comparison two
perspectives about history:
the one elaborated by Jacob Burckhardt in his cultural
historiography; and that
formulated by G.W.F. Hegel on his philosophy of history.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:10108
Date11 July 2007
CreatorsJANAINA PEREIRA DE OLIVEIRA
ContributorsMARCELO GANTUS JASMIN
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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