[pt] A presente pesquisa busca, a partir da chave do controle da natureza, contribuir
para um imaginário de possibilidades para arquiteturas de convívio com a natureza.
Para isso, a dissertação passa pela origem da criação do método científico como
modo de operar no mundo e controlar a natureza para o bem-estar humano e situa
a arquitetura, enquanto disciplina, e a construção civil como protagonistas da atual
crise climática, que é uma consequência direta, mas não apenas, deste modo de
controlar a natureza.
Para começar a busca por uma arquitetura que negocie com a natureza
procurando o convívio com ela, a pesquisa se baseia nos conceitos de sazonalidade,
elaborado por Hilan Bensusan e Carlos Mondragon, e o de habitabilidade,
defendido por Dipesh Chakrabarty.
Por fim, a dissertação se aproxima de dois exemplos emblemáticos de controle
das águas na cidade do Rio de Janeiro, os aterros do Flamengo e os da Maré,
apontando a transição da cidade que convivia de maneira mais próxima com suas
águas até o século XIX e, em seguida, passou a negar tal convivência
sistematicamente. Neste processo de negação, algumas práticas de resistência da
população da Maré se apresentam como possibilidades e garantia de um convívio
mínimo com a água. / [en] The present research seeks, from the key of controlling nature, to contribute to
an imaginary of possibilities for architectures of coexistence with nature. For this,
the dissertation goes through the origin of the creation of the scientific method as a
way of operating in the world and controlling nature for human well-being and
places architecture as a discipline and civil construction as protagonists of the
current climate crisis that is a direct consequence, but not only, in this way of
controlling nature. To begin the search for an architecture that negotiates with nature, seeking to live with it, the research is based on the concepts of seasonality elaborated by Hilan Bensusan and Carlos Mondragon and the habitability defended by Dipesh
Chakrabarty. Finally, the dissertation approaches two emblematic examples of water control in the city of Rio de Janeiro with the landfills of Flamengo and the landfills of Maré.
Pointing out the transition of the city that lived closer to its waters until the 19th
century and then began to systematically deny such coexistence. In this process of
denial, some practices of resistance by the population of Maré are presented as
possibilities and guarantee of a minimum contact with water.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:64343 |
Date | 18 October 2023 |
Creators | CARLOS SAUL ZEBULUN |
Contributors | ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE, ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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