[pt] Sociedades mais complexas exigem da prática do direito uma
justificação também mais complexa e refinada. desde que a sociedade
pretendeu sua auto-afirmação racional e intitulou-se moderna, pôde
experimentar sabores e dissabores na perquirição de seu iluminado
projeto emancipatório. Em termos de ciência e teoria do direito a crença
na neutralidade, firmada em uma falsa compreensão do funcionamento do
equipamento cognitivo humano, levou teóricos a definirem a relação entre
direito, moral e política de forma não menos equivocada, extraviando o
projeto moderno de emancipação do indivíduo. A retomada do projeto
moderno em termos de uma teoria do direito e de uma ciência crítica, nos
moldes da teoria dos direitos de ronald dworkin mostra, após um reentender
da atividade cognitiva do ser, que a idéia de direitos só faz
sentido em uma democracia constitucional capaz de mostrar que, mediante
o reconhecimento de igual consideração e respeito a todos os membros de
uma comunidade legítima, a adequada relação entre direito, moral e
política manda que princípios pessoais e comunitários façam parte do
direito desde uma perspectiva do participante desta prática. Contudo, a
complexidade de se trabalhar com os referidos padrões normativos em
termos de decisão judicial, antes de negá-los, exige uma prática
interpretativa procedimentalizada capaz de reconstruir com igual
consideração e respeito a justificação moral como medida para os juízos
jurídicos específicos, ou seja, a teoria do direito e da decisão judicial em
questão fornece, desde uma perspectiva interna, uma concepção de
justiça constitucionalmente adequada ao modelo de estado democrático
de direito. / [es] Sociedades más complejas exigen de la práctica del Derecho una
justificación también más compleja y refinada. Desde que la sociedad ha
pretendido su auto-afirmación racional y se ha intitulado moderna, se puede
experimentar aciertos y desaciertos en la investigación detallada de su iluminado
proyecto emancipador. En términos de ciencia y teoría del Derecho la creencia
en la neutralidad, firmada en una falsa comprensión del funcionamiento del
sistema cognitivo humano, hizo con que teóricos la definiesen como la relación
entre Derecho, Moral y Política de forma no menos equivocada, extraviando el
proyecto moderno de emancipación del individuo. El reinicio del proyecto
moderno en términos de una teoría del derecho y de una ciencia crítica, en los
moldes de la teoría de los derechos de RONALD DWORKIN muestra, tras un reentendimiento
de la actividad cognitiva del ser, que la idea de los derechos sólo
hace sentido en una democracia constitucional capaz de mostrar que, mediante
el reconocimiento de igual consideración y respeto a todos los miembros de una
comunidad legítima, la adecuada relación entre Derecho, Moral y Política manda
que principios personales y comunitarios hagan parte del Derecho desde una
perspectiva del participante de esta práctica. Sin embargo, la complejidad de
trabajar con los referidos modelos normativos en términos de decisión judicial,
antes de negarlos, exige una práctica interpretativa con procedimiento capaz de
reconstruir con igual consideración y respeto la justificación moral como medida
para los juicios jurídicos específicos, o sea, la teoría del derecho y de la decisión
judicial en cuestión suministra, desde una perspectiva interna, una concepción
de justicia constitucionalmente adecuada al modelo del Estado Democrático de
Derecho.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:13486 |
Date | 15 May 2009 |
Creators | JORGE PATRÍCIO DE MEDEIROS ALMEIDA FILHO |
Contributors | GISELE GUIMARAES CITTADINO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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