[pt] Filipenses 2,6-11 é texto fundamental na cristologia do cristianismo primitivo e neotestamentária. Inserido na parênese da carta de Paulo aos Filipenses, a passagem desenvolve uma narrativa cristológica que começa na preexistência, passa pela encarnação e culmina na exaltação de Jesus. No contexto da carta funciona como um chamado ético aos que estão em Cristo à obediência ao Senhor exaltado. Literariamente o texto é um hino composto de duas partes: 2,6-8 e 2,9-11, e a leitura proposta é ver nesta segunda seção o clímax do hino, que justamente trata da exaltação de Jesus. O tema da exaltação é apresentado dentro de uma perspectiva escatológica, pois o início do senhorio de Jesus é o cumprimento da esperança israelita no triunfo de Deus, é a virada escatológica que traz o tempo de salvação. Através da exaltação Deus compartilhou com seu Filho a soberania sobre o universo, implicando que todos os seres precisam agora dobrar os joelhos diante de Jesus e reconhecê-lo como Senhor. Aqueles que já fazem isso voluntariamente vivenciam antecipadamente o que será a realidade escatológica final. Esse novo papel de Jesus é descrito pelo título kurios, que combinado com outros elementos do texto atribui a ele contornos divinos e de igualdade com YHWH, além de uma oposição às ideologias romanas. A exaltação de Jesus também está ligada com a revolução cristológica que aconteceu no culto cristão primitivo, quando os cristãos judeus adoraram Jesus ao lado de Deus Pai, sem renunciar ao seu monoteísmo. O final do hino enfatiza exatamente que a exaltação de Jesus foi conduzida por Deus e resulta em sua própria glória. / [en] Philippians 2,6-11 is a fundamental text in the Christology of early Christianity and the New Testament. Inserted in the parenesis of Paul s letter to the Philippians, the passage develops a Christological narrative that begins in the preexistence, passes through the incarnation and culminates in the exaltation of Jesus. In the context of the letter functions as an ethical call to those who are in Christ in obedience to the exalted Lord. Literarily, the text is a hymn composed of two parts: 2,6-8 and 2,9-11; and the proposed reading is to see in this second section the climax of the hymn, which precisely deals with the exaltation of Jesus. The theme of exaltation is displayed within an eschatological perspective, since the beginning of the lordship of Jesus is the fulfillment of the Israelite hope in the triumph of God, it is the eschatological turn that brings the fulfillment of salvation. Through exaltation, God shared with His Son the sovereignty over the universe, implying that all beings must now bend to his knees before Jesus and acknowledge him as Lord. Those who already do so voluntarily experience in advance what will be the reality of the eschatological end. This new role of Jesus is described by the title kurios, which combined with the other elements of the text gives it contours to the divine and equality with YHWH, in addition to opposition to Roman ideologies. The exaltation of Jesus is also connected to the Christological revolution that happened in the worship of the early Christian, when the Jewish Christians worshipped Jesus alongside God the Father, without giving up their monotheism. The end of the hymn emphasizes exactly that the exaltation of Jesus was led by God and results in his own glory.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:33787 |
Date | 04 May 2018 |
Contributors | ISIDORO MAZZAROLO, ISIDORO MAZZAROLO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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