[pt] Partindo-se da investigação da relação entre idéias de
Nação e as produções de
saber por parte de uma elite letrada vinculada ao
Instituto Histórico e Geográfico do
Brasil, a presente tese pretende abordar o campo de
estudos e de debates desta
instituição sobre o índio brasileiro. No período de vigor
do indianismo na literatura,
entre as décadas de 1840 e 1860, a etnografia do Instituto
participava dos debates
sobre a representação do índio para a nacionalidade, a
partir da produção de
conhecimento histórico. Três problemáticas relativas a
este aporte da história na
etnografia foram encaminhadas nesta tese: em primeiro
lugar, pretendeu-se analisar a
formação da etnografia do Instituto, a partir do campo das
representações e do
conhecimento sobre os índios de fins do século dezoito ao
início do dezenove. Em
segundo, buscou-se elaborar o diálogo dessa etnografia com
a emergência, nos
debates etnológicos do contexto europeu, dos conceitos de
raça e de nação. Por
último, buscou-se apresentar os entrecruzamentos entre as
teses e certas práticas
etnográficas do Instituto com a condução da política
indigenista do próprio Estado
imperial. A tese percorre as produções intelectuais que
caracterizam a etnografia do
Instituto, procurando vincular tais produções com a
criação, por parte destes letrados
do Instituto, de uma interpretação do processo histórico
que formou a sociedade
imperial, no momento de consolidação do Estado imperial.
De um lado, a etnografia
do Instituto permitia conduzir uma reflexão sobre o papel
do índio na História do
Brasil, de outro, ela fomentava o debate sobre a
composição da população do Império
e as políticas indigenistas. A tese buscou tratar desses
dois aspectos, relacionando-os
ao problema da Nação. / [en] Aiming at the investigation of the relation between the
ideas of Nation and the
production of knowledge by a literate elite of the
Instituto Histórico e Geográfico do
Brasil (Brazilian Institute of History and Geography), the
present thesis attempts to
investigate a field of studies and debates on the
Brazilian Indian in this institution. In
a period when the Indianism in the literature was
highlighted, between the decades of
1840 and 1860, the ethnography of the Institute partook of
the debates on the
representation of the Indian to nationality, based on the
production of historical
knowledge. The thesis addresses three issues from the
perspective of this production
of historical knowledge. First, it deals with the shaping
of the ethnography of the
Institute, taking as a starting point the field of
representations and knowledge of the
Indian between the late eighteenth century and early
nineteenth century. Second, it
attempted to elaborate a dialogue between this ethnography
and the emergence of the
concepts of race and nation in the European and American
ethnological debates.
Lastly, it tried to demonstrate the crossing-fields of the
ethnographical theories and
practices and the management of an indigenist policy by
the imperial State. The thesis
examined the intellectual productions which characterize
the ethnography of the
Institute linking these productions to the following
interpretations by the literates of
the historical process that formed the imperial society
during the consolidation of the
imperial State. In one way, the ethnography of the
Institute made possible a reflection
on the role of the Indians in the History of Brazil, in
another way, it promoted a
debate on the ethnic composition of the population of the
Empire and on its
indigenists policies. The thesis attempts to deal with
both these aspects, relating them
to the problem of the Nation.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:8000 |
Date | 28 March 2006 |
Creators | KAORI KODAMA |
Contributors | ILMAR ROHLOFF DE MATTOS |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
Page generated in 0.0028 seconds