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[en] HAPPINESS: DEFINITIONS AND PARADOXES / [pt] FELICIDADE: DEFINIÇÕES E PARADOXOS

[pt] Com o advento da modernidade e da cultura de consumo, as concepções de tempo e espaço são alteradas. O espaço passa a incluir a esfera virtual e o tempo passa a ser instantâneo, de acordo com as novas tecnologias. O Estado também descentraliza seu poder, instituindo a exacerbação do individualismo. Inserido nesse contexto, o sujeito contemporâneo, desprovido de apoio político ou social, passa a se responsabilizar por sua existência e almeja realizações imediatas. Dessa forma, vem se construindo um cenário que recrimina a dor, não permite o tempo ocioso ou improdutivo, insere a lógica do imediato e exige condutas performáticas, livres e bem-sucedidas. Esse é o cenário perfeito para o desenvolvimento do imperativo da felicidade, a partir do qual slogans, clichês e fórmulas são difundidos pelos diferentes veículos midiáticos. O presente trabalho tem como objetivo investigar as concepções específicas de felicidade para um grupo de entrevistados, bem como verificar em que medida os padrões sociais contemporâneos de felicidade influenciam estas percepções. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, na qual foram entrevistados dez jovens residentes na cidade do Rio de Janeiro e pertencentes às camadas médias da população. A análise dos seus depoimentos revela que todos os entrevistados consideram importantes os mesmos elementos vendidos pelas fórmulas da felicidade: relacionamentos, dinheiro, trabalho, família ou um estado interior psicológico propício. Nesta pesquisa destacaram-se os seguintes depoimentos: a vontade dos sujeitos de estarem em um relacionamento amoroso e a preocupação em ganhar dinheiro. Assim, verificamos que os sujeitos não estão descolados de uma imagem socialmente propagada de felicidade pela cultura do consumo e da informação. / [en] The advent of modernity and the consumption culture have altered the conceptions of time and space. Space ends up including the virtual environment and time becomes instantaneous in accordance with the new technologies. The State also losses its power, establishing the intensification of the individualism. Within this context, the modern person, totally lacking political or social support, starts to hold himself responsible for his existence and strives for immediate fulfillments. Thus, a scenario is being built where pain is reprimanded, where unproductive or downtime are not allowed, introducing the logic of the immediate and demanding theatrical conducts, free and successful. The perfect scenery is set for the development of the happiness imperative, through which slogans, clichés and formulas are spread by the media. This paper aims to investigate the specific conceptions of happiness for a group of interviewees, as well as to verify how the contemporary social standards of happiness influence these perceptions. In order to do so, a qualitative survey was carried out, in which ten young residents of Rio de Janeiro from the medium layers of the population. The analysis of their testimony reveals that al of the interviewees consider the same elements sold by the happiness formulas important: relationship, money, family or a favorable interior psychological state. The following testimonies stood out in this survey: the will of the subjects to be in a loving relationship and the concern with making money. Hence, it was possible to confirm that the subjects are not detached from an image of happiness socially spread by the consumption and information culture.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:27724
Date20 October 2016
CreatorsMICHELE INTRATOR
ContributorsSOLANGE JOBIM E SOUZA
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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