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[pt] POR QUE ELAS SE SEPARAM: O FIM DA CONJUGALIDADE NA TRANSIÇÃO PARA A PARENTALIDADE / [en] WHY DO THEY SEPARATE: THE END OF CONJUGALITY IN THE TRANSITION TO PARENTHOOD

[pt] O presente estudo teve como objetivo investigar o fim da conjugalidade na transição para a parentalidade, a partir da vivência feminina. Como referencial teórico, nos embasamos na psicanálise, na abordagem sistêmica e em estudos psicossociais, de modo a abarcar o fenômeno em suas dimensões psicodinâmicas, relacionais e sociais. Realizamos uma pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado, com 12 mulheres das camadas médias cariocas, com idades entre 30 e 40 anos. Para analisar os dados utilizamos o método de análise de conteúdo na sua vertente categorial. Emergiram dez categorias das narrativas: dependência absoluta e ilusão de onipotência, relativas ao período da formação do casal; conflitos conjugais pré-existente, tristeza e depressão na gravidez e sentimentos de rejeição, relativas ao período da gravidez; filho e primeiros cuidados, e, motivações para a separação, relativas ao período após o nascimento do primeiro filho; paternidade após a separação conjugal, adaptação ao novo arranjo familiar e imaginário social, relativas ao período após a separação conjugal. As percepções relatadas ressignificaram as experiências passadas e apontaram que as motivações para a separação na transição para a parentalidade se manifestaram desde a formação do casal conjugal, sendo percebidas na gravidez e nas primeiras relações com o filho. Seus efeitos apresentaram-se complexos e repercutiram em todos os membros da família, individual e coletivamente. / [en] The present study aimed to investigate the end of conjugality in the transition to parenthood, based on the female experience. We conducted a qualitative research, through interviews with a semi-structured script, with 12 middle-aged women from Rio de Janeiro, aged between 30 and 40 years. To analyze the data we use the method of content analysis in its categorical aspect. Ten categories of narratives emerged: absolute dependence and illusion of omnipotence, relative to the period of formation of the couple; pre-existing marital conflicts, sadness and depression in pregnancy and feelings of rejection, relating to the period of pregnancy; child and first care, and, motivations for separation, relating to the period after the birth of the first child; paternity after marital separation, adaptation to the new family arrangement and social imaginary, related to the period after the marital separation. The reported perceptions reassigned past experiences and pointed out that the motivations for separation in the transition to parenthood have manifested themselves since the formation of the conjugal couple and can be perceived in pregnancy and in the first relations with the child. Its effects were complex and had repercussions on all members of the family, individually and collectively.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:45786
Date22 October 2019
CreatorsMARIANA REIS BARCELLOS
ContributorsTEREZINHA FERES CARNEIRO
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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