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Luta, suor e terra: campesinato e etnicidade nas trajetórias do povo indígena Tingüi-Botó e comunidade quilombola Guaxinim (AL)

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Previous issue date: 2016-02-19 / FACEPE / Esse trabalho analisa as inter-relações entre campesinato e etnicidade a partir de um olhar comparativo sobre as trajetórias de dois grupos que se reconhecem como etnicamente diferenciados no contexto rural brasileiro. Compostos principalmente por famílias que tem buscado se afirmar como agricultoras, o Povo Indígena Tingüi-Botó (Feira Grande) e a Comunidade Quilombola Guaxinim (Cacimbinhas) estão localizados entre as zonas agrestina e sertaneja de Alagoas. O sertão tem sido associado historicamente à policultura e é palco da maioria das reivindicações étnicas indígenas e, em grande parte, quilombolas da região Nordeste. Os grupos não estão diretamente relacionados entre si. Porém, realizamos um estudo sobre a interface entre as problemáticas camponesas, indígenas e quilombolas, levando em consideração as histórias de constituição dessas comunidades, oriundas de um processo de expropriação territorial sobre índios e negros, em benefício do latifúndio; acompanhando e refletindo sobre a inserção das mesmas no sistema produtivo regional; observando suas estratégias econômicas e as relações territoriais particulares de cada uma delas para perceber as especificidades e similitudes contidas no percurso de ambas. Por fim, analisamos as atuais estratégias dos grupos para se manterem enquanto povo/comunidade, acionando as políticas públicas diretamente voltadas para suas especificidades produtivas camponesas e étnicas, que inscrevem campos diferenciados de ação e oportunidade para os grupos. Essas trajetórias estão marcadas pelo compartilhamento de experiências entre indígenas e negros, porém as mobilizações identitárias dos grupos inscrevem modelos de atuação diferenciados e tem gerado também conquistas postas em termos de especificidades étnicas, apesar de terem a luta pela terra como ponto de partida. Nesse sentido, procuramos um diálogo entre teorias antropológicas e da Ciência Social brasileira estabelecidas como linhas investigativas e teóricas diferenciadas, tais como a questão negra e indígena no Brasil; campesinato e etnicidade. / This work analyses the interrelationship between the peasantry and ethnicity from a comparative point of view about the trajectories of two groups which identify themselves as ethnically differentiated in the Brazilian rural context. Comprised mainly of families that have seeking to establish themselves as agriculturists, the indigenous people Tingüi-Botó (Feira Grande) and the Quilombola Guaxinim Community (Cacimbinhas) are located in the inland areas of Alagoas, between sertão and agreste of the state. These areas have been historically associated with the polyculture and they stage the majority of the indigenous ethnic claims and, great part from quilombolas from the Northeast region. The groups are not directly related to each other. Nevertheless, we have performed a study about the interface amongst the peasant, indigenous and quilombolas’ problems, taking into consideration these communities constitution’s histories, arising out of a process of territorial expropriation of Indians and black people, for the benefit of the latifundium; following and reflecting upon the insertion of it in the regional productive system; observing its economic strategies and the territorial relations particular to each one to perceive the specificities and similitudes contained in both routes. In the end, we analysed the current strategies of the groups to maintain themselves as people/community, calling on public policies directly focused to their peasant and ethnic productive specificities that record differentiated fields of action and opportunity to the groups. These trajectories are marked by the sharing of experiences between Indians and black people, nonetheless, the groups’ identitary mobilizations record differentiated operating models and have generated also achievements put in terms of ethnic specificities, in spite of having the fight for land as starting point. In this sense, we seek dialogue amongst anthropological theories and Brazilian Social Science established as differentiated investigative and theoretical lines, such as the black and indigenous people issues in Brazil; Peasantry and ethnicity.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/27104
Date19 February 2016
CreatorsFERREIRA, Ana Laura Loureiro
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/3820775754333816, ATHIAS, Renato Monteiro
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Antropologia, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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