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"Epidemiologia da Dengue em Vitória-ES, 1995-2009"

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Previous issue date: 2010-12-20 / Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, é dos municípios brasileiros prioritários para o controle da dengue. Apesar dos esforços do poder público local, a doença parece estar trilhando um caminho de inexorável permanência e expansão. Objetivo: Diante disso, a descrição epidemiológica da doença no município, caracterizando sua distribuição no tempo, espaço e pessoas, e o estudo de fatores determinantes de sua incidência, impõe-se como tarefa indispensável na busca de medidas de controle mais efetivas. Métodos: Com delineamento de estudo ecológico de série temporal, e utilizando como fonte os casos de dengue notificados ao SINAN, descreve-se o tipo de variação de incidência da dengue no município num período de 15 anos (1995 a 2009), analisado através de regressão linear e método de médias sazonais; Tomando-se os casos confirmados de dengue no período de 2000 a 2009, caracteriza-se o perfil dos acometidos pela doença; Os dados meteorológicos obtidos do INMET (temperatura, precipitação e umidade do ar) são correlacionados com os casos de dengue de 1995 a 2009; O Índice de Qualidade Urbana (IQU) dos 79 bairros do município do ano de 2000, escolhido como indicador de nível socioeconômico, é correlacionado à taxa de incidência acumulada de dengue por bairro do período de 2000 a 2005; O nível de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, aferido através do Índice de Infestação Predial (IIP), um indicador produzido pela pesquisa larvária, é correlacionado com o total de casos de dengue, mensalmente, no período de 1999 a 2009. As correlações são verificadas através o coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: A dengue apresentou um padrão de epidemias cíclicas e de sazonalidade. Excluindo-se a primeira epidemia (1995-1999), a incidência da doença apresentou tendência de crescimento. A proporção de casos de dengue foi maior entre mulheres, indivíduos de 20 a 29 anos, e semelhante entre brancos e afro-descendentes. Houve um aumento crescente em menores de 15 anos, com significância estatística. A taxa de letalidade foi baixa. A correlação entre variáveis climáticas e casos notificados de dengue apresentou significância estatística com defasagem temporal de 1 a 4 meses. Foi maior com temperatura, seguida pela precipitação. A correlação entre o IQU e a incidência de dengue não apresentou significância estatística. Houve correlação entre o IIP produzido pelo Levantamento de Índice e a incidência de
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dengue, o mesmo não ocorrendo com o IIP gerado através do LIRAa. Conclusões: A circulação sequencial dos sorotipos DENV-2, DENV-1, DENV-3 e DENV-2, aliado à manutenção de alta infestação vetorial provavelmente foram responsáveis pela manutenção da alta incidência de dengue no município. O perfil dos acometidos pela doença no município é semelhante ao do Brasil. Foi necessário considerar um intervalo de tempo entre os dados climáticos e a ocorrência de casos de dengue para a verificação de associações mais explícitas. O Índice de Qualidade Urbana não foi um fator determinante da incidência de dengue. O IIP produzido através do LIRAa não se mostrou um bom indicador de risco de epidemia de dengue no município de Vitória no período analisado.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/5445
Date20 December 2010
CreatorsCARDOSO, I. M.
ContributorsFALQUETO, A., Zandonade, E, NATAL, D., MACIEL, E. L. N., CERUTTI JUNIOR, C.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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