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Previous issue date: 2012-02-27 / Os roedores de espinho Echimyidae são a família mais diversa em termos taxonômicos e fenotípicos dentre os roedores histricognatos. Nessa família, as espécies de Trinomys são restritas à região leste do Brasil, com distribuição associada à Mata Atlântica. Dados da literatura sugerem que a grande a variação intraespecífica nesse gênero dificulta a tarefa de se alocar espécimes de museu às 13 espécies atualmente descritas. Dos poucos trabalhos realizados com esse gênero, a maioria se baseou em dados fenotípicos e aqueles que abordaram análises moleculares consideraram poucos genes ou número de exemplares reduzido. O objetivo do presente trabalho foi identificar e comparar a estrutura geográfica da diversidade genética das populações de três espécies de Trinomys, T. paratus, T. panema e T. setosus, que ocorrem na região central da Mata Atlântica. Para tal, foram sequenciados e analisados o gene mitocondrial do citocromo b (citb) e um gene nuclear do fator von Willebrand (vWF) de 103 espécimes. A filogenia concatenada dos genes confirmou a monofilia e o alto grau de divergência genética entre essas três espécies. Foram identificados dois filogrupos divergentes tanto em T. setosus e quanto em T. panema, sendo sustentados nas diferentes análises, indicando que sejam unidades taxonômicas distintas. Segundo a datação molecular, a diversificação das linhagens que levam à essas três espécies de Trinomys ocorreu no Mioceno Superior, enquanto a diversificação intraespecífica aconteceu principalmente no Plioceno e Pleistoceno. As redes haplotípicas indicaram que populações dessas três espécies de Trinomys apresentam certa estruturação geográfica na região central da Mata Atlântica. As redes de citb mostraram-se geograficamente mais estruturadas do que as de vWF, o que sugere que as fêmeas dessas espécies de Trinomys devem ter áreas de uso menores e provavelmente dispersam menos do que os machos, pois o gene mitocondrial é transmitido de forma maternal. As populações de T. setosus e T. panema não possuem haplótipos compartilhados de citb, apresentam isolamento por distância e não demonstram sinais de expansão populacional recente. Já o contrário foi observado em T. paratus, onde a maioria dos espécimes analisados foram de baixada e de regiões próximas, facilitando o fluxo gênico e consequentemente o compartilhamento de haplótipos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/3836 |
Date | 27 February 2012 |
Creators | AGRIZZI, J. |
Contributors | SANTOS, J. W. A., COSTA, L. P., LEITE, Y. L. R. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Biologia Animal, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Biologia Animal), UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | text |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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