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Previous issue date: 2007-11-30 / Analisa como vem ocorrendo a inserção do cirurgião-dentista na equipe
multidisciplinar do Programa Saúde da Família (PSF), caracterizando o processo de
trabalho do cirurgião-dentista em relação ao trabalho em equipe e identificando se
há uma relação de comunicação e consenso envolvendo esses profissionais.
Fundamenta-se em estudos sobre o trabalho em equipe e mais especificamente na
teoria de Habermas sobre a Ação Comunicativa. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, exploratória, do tipo estudo de caso, cujo cenário é o município de
Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, Brasil. A pesquisa focalizou os
integrantes de duas equipes de saúde da família (ESF) e de saúde bucal (ESB)
(médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, agente comunitário de saúde,
cirurgião-dentista, técnico de higiene dental e auxiliar de consultório dentário) que
atuam nas Unidades de Saúde da Família (USF) Maruípe e Ilha do Príncipe,
totalizando 14 sujeitos. Para a coleta de dados utilizou-se a observação participante
e a entrevista semi-estruturada individual gravada. O exame do material empírico
baseou-se na análise de conteúdo, relacionando o discurso dos entrevistados aos
autores que fundamentam o estudo. Os resultados demonstram a dificuldade de
integração entre cirurgiões-dentistas e demais membros das equipes, principalmente
em decorrência de sua falta de preparo para atuar em equipes multiprofissionais,
seguindo a manutenção do modelo hegemônico da prática odontológica, de um
trabalho hierarquizado, orientado para atos individualizados e que privilegia
procedimentos clínicos e tecnologias duras. Além disso, a grande cobrança por parte
da gerência sobre produtividade, o trabalho de uma ESB para até duas ESF, a falta
de condições de trabalho, o vínculo empregatício precário que gera alta rotatividade
nas equipes, a falta de responsabilização, a formação deficiente e falta de
capacitação desses profissionais para atuar em equipe e de acordo com as normas
e diretrizes do PSF foram apontados como limitações para a interação na equipe.
Como avanço sobre a inserção da saúde bucal no PSF observou-se a melhoria no
acesso aos serviços odontológicos e a possibilidade de mudança no modelo de
atuação odontológica prevalente. Para que o PSF se torne modelo de mudança da
atenção básica em saúde no Brasil, a relação entre os cirurgiões-dentistas e demais
profissionais das equipes da estratégia deve se pautar em uma relação livre de
coação e de relações de poder, de forma a buscar a Ação Comunicativa
habermasiana, isto é, uma relação em que no mínimo dois sujeitos utilizam a
comunicação lingüística para construir planos de ação em comum, a partir do
consenso. No PSF esse plano comum deve ter como objetivo as necessidades dos
usuários em seu contexto de vida.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/5380 |
Date | 30 November 2007 |
Creators | ESPOSTI, C. D. D. |
Contributors | CADE, N. V., CARVALHO, J. M., OLIVEIRA, A. E. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | text |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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