Leitões neonatos têm sido criados artificialmente com dietas líquidas apresentando desempenho semelhante ou superior ao obtido em criações naturais. Entretanto, o alto custo de dietas à base de derivados lácteos pode inviabilizar a utilização comercial desta tecnologia. Dois experimentos foram realizados para avaliar a substituição de proteínas do leite por proteínas vegetais em dietas líquidas para leitões. No primeiro experimento, foram testadas quatro dietas: SORO) à base de proteína de soro de leite; PVM1 e PVM2), soro substituído em 31 e 62 % por proteína vegetal modificada e PIS) soro substituído em 62 % por proteína isolada de soja. Foram utilizados 66 leitões, com dois dias de idade. Aos 19 dias de idade, os leitões pesaram entre 6,8 e 8,5 kg, sendo que aqueles dos tratamentos PIS e PVM2 apresentaram maior ganho diário de peso (GDP) (391 g/dia) que os leitões do tratamento SORO (291 g/dia). O consumo diário de matéria seca (CDR) e a eficiência alimentar (EA) também foram maiores para PIS e PVM2 do que para SORO. No geral, SORO apresentou maior digestibilidade ileal aparente de aminoácidos, entretanto PVM2 e PIS consumiram mais aminoácidos essenciais digestíveis, especialmente arginina (Arg) e apresentaram carcaças com menos gordura e maior deposição diária de proteína. No segundo experimento foram utilizados 65 leitões de três dias de idade. Destes, 35 leitões permaneceram com a porca e 30 leitões foram criados artificialmente, recebendo uma das cinco dietas experimentais que variaram na fonte de proteína e no nível de Arg: T1) 70 % PIS, 30% soro e 1,80 % Arg; T2) 40 % PIS, 60 % soro e 1,34 Arg; T3) 53% Soro, 47 % Caseína e 0,84% Arg; T4) idem T3 com 1,34 % Arg; T5) idem T3, com 1,84 % Arg. Aos 21 dias de idade, os leitões que consumiram dietas artificiais pesaram 8,8 kg, 2,6 kg a mais do que os leitões permaneceram mamando na porca. Entre os grupos que consumiram dietas artificiais, o T2 apresentou menor GDP e CDR (329 e 282 g/dia) que os demais (402 e 325 g/dia). As digestibilidades da matéria seca, proteína, gordura e energia foram menores nas dietas com inclusão de proteínas vegetais, e esta diferença foi maior quando calculada pelo método do indicador do que no método de coleta total de fezes. Não foi observada diferença na retenção diária de nitrogênio. Na criação artificial de leitões, o GDP foi muito superior ao observado na criação natural. Tanto a PIS quanto PVM demonstraram ser boas alternativas às proteínas lácteas em dietas para leitões neonatos. Em função do alto consumo de dieta, não foi possível testar o efeito dos níveis de arginina. / Neonatal piglets have been raised artificially using liquid diets with similar or better performance than naturally raised piglets. However, the expensive cost of diets based on milk by-products can make this technology cost prohibitive. Two experiments were executed to evaluate the replacement of milk proteins for vegetable proteins in liquid diets for piglets. In the first experiment, four diets were tested: WHEY) based on whey protein; MVP1 e MVP2), whey replaced in 31 and 62 % by a modified vegetable protein and ISP) whey replaced in 62 % by isolated soy protein. 48 2-day-old piglets were placed in cages individually and fed ad libitum. At 19 days of age, piglets weighted between 6.8 e 8.5 kg and the treatment ISP and MVP2 presented higher average daily gain (ADG, 391 g/day) than treatment WHEY (291 g/day). Daily dry matter intake (DFI) and feed efficiency (FE) were also higher for ISP and MVP2 than for WHEY diet. In general, WHEY diet showed higher ieal apparent digestibility of amino acids but MVP2 and ISP had higher intake of digestible essential amino acids, especially arginine (Arg) and presented less fat carcasses and higher daily protein deposition. In the second experiment, 30 3-day-old piglets were placed individually and received five diets witch changed in protein source and Arg levels: T1) 70 % ISP, 30% whey and 1,80 % Arg; T2) 40 % ISP, 60 % whey and 1,34 Arg; T3) 53% whey, 47 % casein and 0,84% Arg; T4) idem T3 but 1,34 % Arg; T5) idem T3, but 1,84 % Arg. At 21 days of age, piglets fed artificial diets weighted 8.8 kg, 2.6 kg more than sow fed piglets. Among artificially fed groups, T2 presented lower DWG and DFI (329 and 282 g/day) than other groups (402 e 325 g/day). FE was not affected by treatments. Dry matter, protein, fat and energy digestibilities were lower in vegetable protein based diets and this difference was higher using calculation from marker method than total feces collection method. There was no detected difference in daily nitrogen retention. The DWG achieved with artificial rearing system is much superior than DWG achieved with natural rearing system. Both ISP and MVP showed to be good alternatives to replace milk proteins in artificial liquid diets for neonatal piglets. Becouse of the high feed intake our experiment failed in testing the effect of arginine level in the diet.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/11059 |
Date | January 2006 |
Creators | Ebert, André Ricardo |
Contributors | Kessler, Alexandre de Mello, Odle, Jack |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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