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output.pdf: 2244230 bytes, checksum: 22d5a6ac671939479c5bc9d185de2593 (MD5) / Capes, Bagisa / Estima-se que um terço dos recursos alimentares do ser humano depende diretamente da polinização por insetos, assim o declínio de polinizadores é uma séria ameaça aos sistemas agrícolas (KEVAN, 2004).
KLEIN et al (2007) analisando dados de 200 países, selecionados por uma lista da FAO com culturas que representavam 99% da produção global de alimentos, concluíram que frutas, vegetais e produção de sementes de 87 das culturas mais importantes em termos globais dependem da polinização por animais, enquanto 28 não dependem. Esses autores observaram ainda que a maioria dos cultivos poderia sofrer perdas na produção devido a limitação de polinizadores, e dentre estes 13 dependem
essencialmente dos polinizadores, 30 têm alta dependência, 27 apresentam dependência moderada e 21 têm pouca dependência.
A perda na produção de frutos e de sementes tem sido claramente relacionada à escassez dos serviços de polinização, principalmente em áreas de agricultura intensiva que são geralmente isoladas de áreas naturais
(RICHARDS, 2001). Por isso, o desenvolvimento de programas de manejo sustentáveis dos polinizadores e de conservação dos seus habitat naturais, é de fundamental importância para garantir esses serviços (AGUILAR, 2006).
Muitos produtores obtêm os serviços de polinização em seus plantios por intermédio do aluguel de colônias de Apis mellifera
(KREMEN & OSFELD, 2005), pois além dessas abelhas serem facilmente transportadas entre as plantações, elas são consideradas polinizadores eficientes de diversas culturas, dentre essas a macieira (KHAN & KHAN, 2004).
A macieira (Malus domestica Borkh) é uma espécie que apresenta muitos cultivares com alto grau de incompatibilidade, sendo necessário dois ou mais cultivares que permita uma polinização cruzada eficiente (SOSTER & LATORRE, 2007). O que torna os serviços de polinização ainda mais necessários para esta cultura. Portanto o declínio da diversidade e abundância de insetos polinizadores nessa cultura é um importante fator que afeta a sua produtividade (CUTHBERTSON & BROWN, 2006).
A maçã pertence à família Rosaceae e subfamília Pomoideae (SOUZA & LORENZI, 2005). A origem da maçã contemporânea é incerta,
contudo evidências indicam que foi originada de terras altas entre o Mar Negro, Turquia e Índia, onde se expandiu para o ocidente estabelecendo variedades que resultaram dos vários cruzamentos feitos entre diversas
espécies (HOLA, 1981 apud FREITAS, 1995). Atualmente é uma das frutas que engloba maior quantidade de variedades conhecidas, em que 3 a 4 mil variedades são cultivadas em maior ou menor escala, em diferentes partes do mundo (SILVA et al, 2002).
No Brasil, o cultivo da maçã é uma atividade relativamente recente, até o inicio da década de 1970, o País importava maçãs que abasteciam o mercado nacional, porém, nos últimos anos obteve um significativo crescimento com a implantação de pomares comerciais na região do sul do país (PAGANINI et al 2004), tornando-se um importante componente da renda agrícola para o País (BRAGA et al, 2001).Atualmente, a cultura da maçã é uma atividade econômica relevante,
com repercussão no cenário internacional,
contribuindo com cerca de 1,5% da produção mundial, ou seja, aproximadamente 887 mil toneladas (PEREZ, 2006; www.abpm.org.br). O
Brasil é praticamente auto-suficiente na produção de maçã e ainda exporta cerca de 10% da produção para mercados externos exigentes, como a Europa e os Estados Unidos (PAGANINI et al 2004).
Segundo BRAGA et al (2001), de acordo com informações do Ministério de Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, as exportações tem se mantido crescente nos últimos anos, atingindo em 2000, 64,5 mil toneladas, com ingresso de aproximadamente 30,8 milhões
de dólares no país. Em 2004 registrou-se o recorde nas exportações, na ordem de 153.043 toneladas (FIORAVANÇO, 2009) e com ingresso de 72 milhões de dólares, representando um aumento expressivo em poucos anos e podendo ser um exemplo real da possibilidade de substituição de importações e da ampliação do mercado interno e da conquista de mercado externo por produto de qualidade e competitividade (PEREZ, 2006).
Na região Nordeste, a Bahia foi o primeiro a implantar a cultura da macieira (Figura 02), pela Empresa Bagisa S/A Agropecuária e Comércio no município de Ibicoara, Chapada Diamantina (Figura 03), em 2005, tendo como interesse inicial a produção no mercado regional (www.seagri.ba.gov.br).
Tendo em vista a importância da polinização nas culturas agrícolas, o presente estudo se propõe a analisar a eficiência do manejo de colmeias empregadas por produtores de maçã (Malus domestica) na região da Chapada Diamantina, Bahia, mais especificamente será avaliado o efeito da distância das colmeias instaladas na área de estudo sobre a taxa de
polinização e de visitação das abelhas. Pretendemos contribuir também com informações a cerca da biologia floral, dinâmica de produção de néctar, sistemas de polinização e visitantes florais dessa cultura em áreas
tropicais, tendo em vista que a maioria dos estudos foi realizada em áreas temperadas e sabemos que a biologia e fenofases das variedades desta cultura podem ser influenciadas pelo clima, e ou condições físicas como umidade e temperatura. A partir dessas informações, pretendemos ainda, avaliar o déficit dos “serviços” de polinização para essa cultura na região e o papel dos recursos florais da variedade estudada na atratividade dos polinizadores. / Salvador, Bahia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/12707 |
Date | 22 August 2013 |
Creators | Silva, Elizabete Alves |
Contributors | Viana, Blandina Felipe |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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