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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / INTRODUÇÃO: As afasias, transtorno da linguagem verbal adquirido por lesão neurológica,
possui uma incidência de 21-38% dos casos dos quais o acidente vascular encefálico (AVE)
se revela a patologia de base. O estudo das afasias decorrentes de AVE, pela natureza nãoevolutiva
permite um maior conhecimento sobre o substrato da linguagem no cérebro e de
outras funções cognitivas. A diferença do AVE no jovem em relação ao idoso assenta
sobretudo no espectro etiológico, que é mais alargado (com uma proporção maior de casos
cuja causa é indeterminada) e no prognóstico, que é em geral mais favorável. As seqüelas
resultantes implicam em algum grau de dependência, principalmente no primeiro ano após o
AVE, com cerca de 30 a 40% dos sobreviventes impedidos de retornar ao trabalho e
requerendo algum tipo de auxílio no desempenho das atividades cotidianas. OBJETIVO:
Analisar o desempenho de pacientes adultos jovens acometidos por acidente vascular
encefálico isquêmico (AVEI) ou acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) nas
tarefas de linguagem do protocolo Montreal-Toulouse versão Alpha. MÉTODOS: Para tal, a
coleta de dados foi realizada na enfermaria neurocirúrgica do Hospital da Restauração, em
Recife PE, contando com a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa deste
estabelecimento de saúde. Participaram da pesquisa 40 pacientes de ambos os sexos, dos
26 a 49 anos, divididos em dois grupos de AVE com episódios isquêmico ou hemorrágico.
Todos foram avaliados através do protocolo Montreal-Toulouse versão Apha, teste da
linguagem verbal validado no Brasil podendo ser realizado em 30 minutos à beira do leito.
Para análise estatística dos dados foram utilizados os testes exato de Fisher e o Mann
Whitney. RESULTADOS: Na faixa etária em relação aos grupos de AVEI e AVEH, foi
observada uma maior freqüência (32.5%) a partir dos 42 anos alcançando a idade limítrofe
de 49 anos com 26 sujeitos, enquanto apenas 2 sujeitos (5%) concentraram-se entre os 30 a
33 anos. Os sujeitos não-alfabetizados e com 4 anos de escolaridade representaram maior
freqüência no AVEH em relação ao AVEH que se concentrou com sujeitos entre 6 a 11anos
de escolaridade, havendo em relação à escolaridade em anos diferença estatística
significativa (p= 0.001) entre os grupos. Quando os grupos de AVEI (n=23) e AVEH (n=14),
são divididos em sub-grupos de discurso fluente e não-fluente nas tarefas de compreensão
oral, nomeação e repetição e leitura do grupo de AVEI, houve diferença estatística
significativa (p= 0.016), (p= 0.003), (p= 0.001) no sub-grupo fluente em relação ao sub-grupo
não-fluente, demonstrando a interferência da fluência do discurso no melhor do desempenho
entre os sub-grupos.CONCLUSÕES: Os grupos de AVEI e AVEH, divididos em sub-grupos
de AVEI com discurso fluente e não-fluente, foram encontradas diferenças estatísticas
significativa no desempenho nas tarefas de linguagem do Protocolo Montreal-Toulouse, em
relação ao sub-grupo de AVEH com discurso fluente e não-fluente, em que a interferência da
fluência do discurso na performance se torna o achado de maior relevância deste estudo,
superando a influência do maior comprometimento da lesão no pior desempenho de sujeitos
afásicos
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8387 |
Date | 31 January 2009 |
Creators | ROCHA, Jonathas Miranda Vilela |
Contributors | ATAÍDE JÚNIOR, Luiz |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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