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A Violência Estrutural e a Saúde Bucal dos Adolescentes: um Estudo da Gestão Odontológica Municipal no Estado do Espírito Santo.

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Previous issue date: 2007-11-09 / Este estudo trata da problemática das condições de saúde bucal dos adolescentes
brasileiros por meio de uma abordagem social e uma relação íntima com o
processo de violência estrutural mediante percepções, conhecimentos e atitudes
dos coordenadores municipais de saúde bucal do Espírito Santo (ES) ou
referências técnicas na área. Em termos teóricos, fundamenta-se nos estudos
sobre a violência estrutural e sua relação com a saúde e, mais especificamente,
na teoria de Minayo sobre as manifestações dessa modalidade de violência,
levando em conta que, no mundo contemporâneo, o enfrentamento da violência
precisa considerar que não existe uma violência, mas que a violência é múltipla.
Assim, suas manifestações têm alcançado as gestões públicas que omitem,
negligenciam e até excluem pessoas ou grupos de pessoas do direito à vida com
qualidade, do pleno exercício da cidadania. A saúde bucal é uma vítima das
gestões públicas excludentes e ineficientes que incidem em grandes prejuízos
sobre os adolescentes. Os resultados do último levantamento das condições de
saúde bucal do brasileiro, realizado pelo Ministério da saúde em 2003, SB Brasil,
revelaram a necessidade do estudo com os adolescentes que aos dezoito anos
possuem apenas metade dos dentes, um problema relevante e um exemplo de
violência estrutural (institucional). É um estudo de caso e uma investigação
exploratória com um enfoque interpretativista por meio da sociologia
compreensiva, fundamentada nos princípios da filosofia comunicatica. Então, o
estudo compreende a violência estrutural cujo recorte está em sua manifestação
sobre as condições de saúde bucal dos adolescentes, com prioridade para
entender a realidade vivida socialmente desses sujeitos e suas relações com a
organização (gestão) dos serviços públicos odontológicos municipais do ES.
Trata-se, portanto, de uma pesquisa de abordagem quantiqualitativa com base
nas propostas do método de triangulação, com a interlocução dessas abordagens
e a participação do pesquisador, defendidas pelos pesquisadores Minayo, Assis e
Souza. Um ponto relevante apurado foi o desconhecimento das coordenações
municipais de saúde bucal do ES quanto à dimensão dos problemas de saúde
bucal com os adolescentes e a estreita relação desses com o processo de
trabalho odontológico. As coordenações não estão sensíveis à percepção do
problema nem percebem a manifestação da violência em seus atos como
gestores. Eis, então, um campo fértil e produtivo de violência estrutural que, de
forma oculta, tem se firmado como prática cotidiana, como se não fosse
violência, ou mesmo, como se não existisse medida capaz de detê-la. Durante a
pesquisa, apareceram problemas diversos, cuja relevância e complexidade não
puderam ser exploradas neste trabalho, pois necessitam de outras pesquisas que
estabeleçam relações mais profundas de estudo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/5386
Date09 November 2007
CreatorsNETTO, M. F. V.
ContributorsBORGES, L. H., COLBARI, A. L., OLIVEIRA, A. E.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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