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Avaliação do estado nutricional da população indígena da comunidade Terra Preta, Novo Airão, Amazonas / Evaluation of the nutricional state of the aboriginal population of the community Terra Preta, New Airão, Amazon

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Previous issue date: 2004 / Os índios Baré fazem parte do grupo indígena que estava presente por toda região do Rio Negro, à época do início da colonização portuguesa no Estado do Amazonas, e após anos de contato e lutas desiguais, eles se eseleceram ao sul da Venezuela e oeste do Estado do Amazonas. A comunidade Terra Preta possui 97 por cento de sua população composta por índios Baré e estão neste local desde 1988 advindos do município de São Gabriel da Cachoeira, neste local a comunidade se desenvolveu contando hoje com 125 pessoas. A avaliação sobre o estado nutricional desta população onde se tomou como parâmetros os aspectos antropométricos, inquéritos alimentares e socioeconômicos e ambientais. A porcentagem de déficit de estatura por idade foi de 45,4 por cento para as crianças de 0 a 9 anos e de 6,8 por cento para o índice de massa corporal para idade. Não foram encontrados déficit do índice de massa corporal por estatura o que significa que apesar de terem déficit estatural, as crianças da comunidade Terra Preta mantém a proporção do peso com a estatura. Dezesseis adultos apresentavam sobrepeso e três apresentavam obesidade, os demais estavam eutróficos. Oitenta e três por cento das mulheres podem ter risco alto ou muito alto para doenças crônicas avaliado pela razão cintura/quadril. A alimentação está baseada principalmente no consumo de peixe, farinha, açúcar, café e pimentas, as frutas são consumidas livremente de acordo com a sazonalidade. O consumo de legumes, leite, pão, carne bovina e frango é esporádico. O consumo de alimentos industrializados ricos em gordura, bem como a diminuição da atividade física podem estar colaborando com o surgimento de casos de sobrepeso e obesidade dos adultos. A ingestão de alimentos industrializados pelas crianças tem consumo raro, apenas lingüiça, salsichas, biscoitos e açúcar são consumidos com maior freqüência. A porcentagem de crianças que foram amamentadas por pelo menos seis meses foi de 85 por cento. O aleitamento materno exclusivo é prolongado, podendo chegar até dezessete meses de idade da criança, a não introdução da alimentação complementar após os seis meses poderá interferir no estado nutricional. A condição sócio-econômica é precária quando se leva em conta à baixa renda per capita, o baixo nível de escolaridade dos pais e condições domiciliares insalubres.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4900
Date January 2004
CreatorsLima, Regismeire Viana
ContributorsLabra, Maria Eliana
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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