Return to search

Análise do comportamento e a neurociência: uma perspectiva histórica / Behavior Analysis and Neuroscience: a historical perspective

Made available in DSpace on 2016-04-29T13:17:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Fernando Olga de Souza.pdf: 779090 bytes, checksum: 4c70eb6deaf1ba42e972ffbd6cd73795 (MD5)
Previous issue date: 2014-02-06 / Neuroscience is the scientific study of the neural system, specifically of the human brain (Shepherd, 2010). It was only in the 1960 s with the creation of the Society for Neuroscience in the US, that it became an independent discipline. According to Kandel (2000), during part of the 20th century the study of the brain was shared between the biological and the psychological fields. Neuroscience appeared then as an interdisciplinary field between the two areas of research, interacting with both in a way that its aims of study comprehends from analysis of molecular biology to behavior. It has thereafter a common point with the object of study of the Behavior Analysis. Neuroscience has had great political, scientific, social and economic expansion mainly due to the brain decade project in the US (1990 to 2000). About the relation between Behavior Analysis and other disciplines Malagodi (1986) observes the self sufficiency on the part of the community towards it, while Roediger (2004) speaks about the fact that research in the field has become extremely specific and has led the studies into a deepening in its own field. Considering the expectations left by these two authors the objective of this research was to investigate how the community of the behavior analysts have been drown closer to Neuroscience. Eight important scientific journals on Behavior Analysis have been consulted. The search was divided in three stages using neuroscience terminology in order to verify what has been produced in literature that would relate both disciplines. Seventy nine articles have been found and submitted to analysis: 1) authors, 2) distribution of articles in different journals, 3) the content of the articles and 4) citations to Skinner, the creator of Behavior Analysis. The results showed in general that a large number of authors (179) have published articles on the subject, but few (16) did it more than once. In general, theoretical and experimental researches were more frequent than applied research. Since the 1990 s the number of articles have increased, although it is still small if compared with the great expansion of Neuroscience. The contents of the articles varied a lot and modern neuroimaging technologies were added to more recent research (since 2005). It has been pointed out that part of the community is in favor of this type of research and another part is against it. Authors cited works of different periods of Skinner s career with emphasis on temporal gaps between stimulus and response that, according to Skinner himself, will be fulfill by brain sciences. Finally, some authors consider that the integration with Neuroscience is the key to the survival of the field and the only way to increase its ability to explain behavior. Authors against it argue that Neuroscience is based on hypothetic examples established by cognitivism and to include the finds of Neuroscience are unnecessary for the understanding of behavior / A Neurociência é o estudo do sistema nervoso, especificamente do cérebro humano (Shepherd, 2010). Surgiu como uma disciplina independente apenas na década de 1960 com a criação, nos EUA, da Society for Neuroscience. Para Kandel (2000), durante parte do século XX o estudo do cérebro ficou dividido entre estudos do campo da biologia e do campo da psicologia. A Neurociência teria surgido, então, como um campo interdisciplinar entre as duas áreas de estudo, dialogando com ambas, de modo que seu escopo de estudo vai desde análises de biologia molecular até o comportamento. Tem assim, intersecção com o objeto de estudo da Análise do Comportamento. Desde sua criação, a Neurociência teve grande expansão política, científica, social e econômica, sobretudo com o projeto década do cérebro (1990 a 2000), nos EUA. Sobre a relação da Análise do Comportamento com outras disciplinas, Malagodi (1986) mostra uma autossuficiência por parte da comunidade em relação a outras disciplinas e Roediger (2005) discute que as pesquisas na área tornaram-se demasiadamente microscópicas, voltadas apenas para aprofundamentos dentro da própria área. Partindo da expectativa deixada por estes autores, o objetivo desta pesquisa foi investigar como a comunidade de analistas do comportamento se aproximou da Neurociência, ao longo do tempo. Para isso, consultou oito periódicos importantes de Análise do Comportamento, em três etapas de busca, com termos relacionados com Neurociência, para verificar o que foi produzido na literatura que relaciona as duas disciplinas. Ao todo, 79 artigos foram encontrados, sobre os quais foram feitas análises: 1) autores, 2) distribuição dos artigos nos diferentes periódicos, ao longo do tempo, 3) conteúdo dos artigos e 4) citações a Skinner, o criador da Análise do Comportamento. Os resultados mostraram, em linhas gerais, que um número grande de autores publicou sobre o assunto (179), mas poucos (16) chegaram a publicar mais de um artigo. As pesquisas teóricas e experimentais, de maneira geral, foram mais frequentes que as aplicadas. A partir da década de 1990, observou-se crescimento no número de artigos. No entanto, esse crescimento foi pouco representativo frente à enorme expansão da Neurociência. O conteúdo das pesquisas variou bastante, sendo que as modernas tecnologias de neuroimagem foram incorporadas nas pesquisas mais recentes (a partir de 2005). Foi destacado que parte da comunidade posiciona-se a favor deste tipo de pesquisa e parte é contra. Os autores citaram obras de Skinner de diferentes períodos de sua carreira, com ênfase para os vazios temporais entre estímulos e respostas que, segundo o próprio Skinner (1974; 1989), serão preenchidos pelas ciências do cérebro. Por fim, alguns autores consideram que a integração com a Neurociência é uma questão de sobrevivência para a área e que apenas assim, o seu poder explicativo sobre o comportamento aumentaria. Outros autores, que se dizem contra aproximações, argumentam que a Neurociência se pauta em instâncias hipotéticas estabelecidas pelo cognitivismo e que a inclusão de descobertas da Neurociência são desnecessárias para o entendimento do comportamento

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/16722
Date06 February 2014
CreatorsSouza, Fernando Olga de
ContributorsGuedes, Maria do Carmo
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0027 seconds