A família Carangidae Rafinesque 1815 (Teleostei: Percomorphacea: Carangiformes) é tradicionalmente reconhecida como um grupo monofilético, tanto em hipóteses baseadas em dados moleculares quanto morfológicos. O monofiletismo do grupo, entretanto, é sustentado por um baixo número de sinapomorfias e suas relações internas ainda apresentam conflitos. O status filético e inter-relações das tribos Trachinotini,Scomberoidini, Naucratini e Caranginivariam de acordo com autores e metodologias empregadas na reconstrução evolutiva da família. As propostas morfológicas mais recentes para os Carangidae datam de 30 anos atrás e empregam maciçamente dados de morfologia externa e osteologia, sendo a miologia do grupo praticamente inexplorada. O presente estudo analisou extensamente a miologia facial, gular e das nadadeiras peitorais, pélvicas e caudal dos Carangidae e grupos proximamente relacionados. Novos caracteres de origem miológica foram levantados e analisados sob um paradigma cladístico em conjunto com os demais caracteres morfológicos disponíveis na literatura especializada. Uma nova hipótese filogenética foi proposta e comparada com as disponíveis, tanto baseadas em dados morfológicos como moleculares. Os novos dados miológicos reforçam as hipóteses de monofiletismo das tribos de Carangidae, bem como a presença de dois grandes clados irmãos, um formado por Trachinotinie Scomberoidinie outro por Caranginie Naucratini. O estudo da musculatura também forneceu pistas sobre o posicionamento do historicamente problemático gênero Parastromateus dentro de Carangini. Além disso, a descrição de complexos musculares nunca antes estudados forneceu dados sobre o a evolução de músculos considerados erráticos em Percomorphacea e que podem contribuir para o entendimento das inter-relações deste grande grupo. / The Carangidae Rafinesque 1815 (Teleostei: Percomorphacea: Carangiformes) is traditionally recognized as a monophyletic group in both morphological and molecular hypotheses. The monophyly of the family, however, is supported by a surprisingly low number of synapomorphies and the internal resolution of the group is contentious. The phyletic status and interrelationships of the tribes Trachinotini, Scomberoidini, Naucratini, and Carangini vary across different studies. The most recent morphological hypothesis for carangids dates back to 30 years and is based solely on data from osteology and external morphology. The myology of the family remainednearly unexplored. The present study analyzed the facial, gular,pectoral, pelvic, and caudal muscles of carangids and closely related outgroups. Several characters from myology were discovered and analyzed under a cladistic paradigm. The new myological data were combined with the morphological data available in the literature in order to produce more robust and up to date phylogenetic hypotheses. The four traditional carangid tribes are herein recognized as monophyletic and the family is basally divided into two major sister clades: one comped by Trachinotini and Scomberoidini and another by Carangini and Naucratini. Also, the historically problematic genus Parastromateus was allocated intoaapical clade within the Carangini. The study of the fin musculature provided insights on the occurrence of muscles considered erratic across the Percomorphacea. Those new discoveries might be helpful for a better understanding of the phylogenetic relationships of thatlarge group.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-03092018-153307 |
Date | 23 August 2018 |
Creators | Genova, João Gabriel |
Contributors | Silva, Alessio Datovo da |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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