A utilização de grupos de dentes ou de aparelhos dependentes de cooperação, como mecanismos de ancoragem, podem ser fatores limitantes para o sucesso de terapias ortodônticas. Tal fato incentivou a busca de métodos para ancoragem esquelética ou absoluta, que incluem os miniimplantes ortodônticos. Comercialmente estão disponíveis em diversas dimensões e desenhos, porém existem poucas informações sobre a relação de sua morfologia com falhas clínicas ou fraturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de miniimplantes com formas diferentes para os seguintes fatores: (a) torque máximo de inserção, (b) torque máximo de remoção, (c) torque de fratura, (d) tipo de fratura, (e) tensão cisalhante e tensão normal. Foram utilizados 20 miniimplantes autoperfurantes, 10 da marca SIN e 10 da Neodent, com 1,6 mm diâmetro e com 8 e 7 mm de comprimento, respectivamente. Destes 10 miniimplantes, 5 não possuíam perfil transmucoso e 5 tinham perfil de 2mm, formando assim 4 grupos: SIN sem perfil (SSP), SIN com perfil (SCP), Neodent sem perfil (NSP) e Neodent com perfil (NCP). Todos os miniimplantes foram inseridos em cortical de tíbia bovina e depois removidos com micro-motor acoplado a um torquímetro digital que registrou os torques máximos de inserção e de remoção. Os miniimplantes que não fraturaram durante os ensaios de inserção e remoção foram submetidos ao ensaio de fratura realizado em máquina universal de ensaios Emic. Os torques de inserção, remoção e fratura, assim como a tensão cisalhante e normal calculadas foram comparados entre todos os grupos. O tipo de fratura foi avaliado pela tensão cisalhante e por avaliação em microscópio eletrônico de varredura (MEV). Para cada grupo comparou-se os torques de inserção e de remoção. Todas as comparações foram feitas através da ANOVA. Verificou-se que o grupo NCP apresentou torque máximo de inserção significativamente maior que os demais grupos (30,6 1,8 Ncm), porém todos fraturaram durante os ensaios de inserção (n=2) ou de remoção (n=3). Não houve diferença significativa entre os grupos para o torque de remoção. Apenas o grupo SSP apresentou diferença significativa entre os torques de inserção e de remoção, para o mesmo grupo. Para o grupo NSP o torque de fratura foi significativamente menor do que todos os outros grupos (27,42 1,14 Ncm). Não houve diferença significativa entre as tensões cisalhante e normal entre os grupos, demonstrando que todos os miniimplantes sofreram fratura do tipo dúctil, confirmado através do MEV. Uma vez que os miniimplantes de todos os grupos são confeccionados com a mesma liga metálica, variando apenas na forma, conclui-se que a resistência à fratura pode ser afetada por esta variável. / The use of groups of teeth or appliances which rely on patient compliance, as anchorage mechanisms, can be limiting factors for the success of orthodontic treatment. This fact encouraged the search for skeletal or absolute anchorage methods, which include orthodontic mini-implants. They are commercially available in different dimensions and designs, but there is scarce information regarding the relation between its morphology and clinical failures or fractures. The purpose of this study was to evaluate the behavior of mini-implants with different forms for the following factors: (a) maximum insertion torque, (b) maximum removal torque, (c) fracture torque, (d) type of fracture, (e) shear tension and (f) normal tension. Twenty self-drilling mini-implants were used, 10 from SIN and 10 from Neodent, with 1.6 mm in diameter and with 8 and 7 mm in length, respectively. Out of these 10 mini-implants, 5 did not have a neck and the other 5 had a 2 mm neck, and were separated into 4 groups: SIN without neck (SSP), SIN with neck (SCP), Neodent without neck (NSP) and Neodent with neck (NCP). All mini-implants were inserted in bovine tibia cortex and later removed with a low speed handpiece connected to a digital torquimeter, which recorded the maximum insertion and removal torques. The mini-implants that did not fracture during insertion and removal assays were submitted to the fracture test, performed in an EMIC universal test machine. The insertion, removal and fracture torques, as well as the calculated shear and normal tensions were compared between all groups. The type of fracture was assessed by the shear tension and by evaluation in scanning electronic microscope (SEM). Insertion and removal torques were compared for each group. All comparisons were done by ANOVA. The NCP group presented a significantly greater insertion torque than all other groups (30.6 1.8 Ncm), but all of them fractured during insertion (n=2) or removal (n=3). There were no significant differences between groups for removal torque. Only group SSP presented a significant difference between insertion and removal torques, for the same group. For group NSP, the fracture torque was significantly smaller than all other groups (27.42 1.14 Ncm). There was no significant difference between shear and normal tensions between groups, demonstrating that all mini-implants suffered ductile fracture, confirmed by SEM. Since mini-implants from all groups are made of the same alloy, varying only in form, one may conclude that resistance to fracture can be affected by this variable.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:327 |
Date | 22 February 2008 |
Creators | Maria Fernanda Prates da Nova |
Contributors | Flavia Raposo Gebara Artese, Carlos Nelson Elias, Jonas Capelli Júnior, Alvaro de Moraes Mendes, Telma Martins de Araujo |
Publisher | Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Odontologia, UERJ, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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