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Consumo de ferro dietético e sua associação com a anemia ferropriva nas famílias de trabalhadores rurais do Nordeste do Brasil

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Previous issue date: 2013-03-01 / Embora a anemia atinja todas as camadas sociais, os indivíduos pertencentes às famílias de
menor poder aquisitivo são mais suscetíveis ao problema. Desta maneira, as famílias de
trabalhadores rurais do Nordeste do Brasil representam um grupo de alto risco para a anemia,
uma vez que recebem baixos salários. Considerando que o déficit na ingestão de ferro é um
dos fatores determinantes da anemia ferropriva, o objetivo principal desta pesquisa foi
verificar a correlação entre o consumo de ferro na dieta e a ocorrência desse problema
carencial. Trata-se de um estudo observacional analítico a partir dos dados coletados no
período de fevereiro a abril de 2007, em famílias de trabalhadores rurais, do município de
Gameleira, Zona da Mata do Estado de Pernambuco. A população foi constituída por todos os
membros destas famílias, representando 225 indivíduos. Foram realizados inquéritos
alimentares de três dias pelo método de registro alimentar por pesagem direta dos alimentos e
dosagem de hemoglobina por meio do equipamento Hemocue. Na avaliação das necessidades
individuais de ingestão de ferro, utilizou-se o método da adequação aparente, e em seguida,
foram comparados estes valores em escores “Z” entre os grupos de indivíduos, utilizando o
teste “t” pareado. As dietas foram classificadas em baixa, média ou alta biodisponibilidade
para a absorção do ferro. Para estimar a associação entre hemoglobina e as variáveis
dietéticas, assim como, entre estas e a anemia foram utilizados a correlação de Spearman e o
teste de Mann-Whitney, respectivamente. A prevalência de anemia foi elevada em todas as
faixas etárias, sendo maior (67,6%) no grupo de crianças <5 anos, com média de hemoglobina
de 10,37 g/dL (dp= 1,30 g/dL). A análise da adequação aparente do consumo de ferro também
mostrou as crianças <5 anos como o grupo mais prejudicado, apresentando menor média de
consumo (5,03±3,78) e baixo percentual de adequação aparente deste consumo (53,1%). A
maioria das crianças <5 anos apresentou um percentual elevado de dieta com baixa
biodisponibilidade de ferro (47,5%). As análises de correlações entre a hemoglobina ou
ocorrência de anemia e as variáveis dietéticas mostraram associação estatisticamente
significativas para ferro total, ferro heme, ferro não-heme, suas biodisponibilidades e carnes.
Os resultados demonstram que o consumo inadequado de ferro dietético e dos fatores
facilitadores da sua absorção são considerados determinantes para a ocorrência da anemia
ferropriva. As famílias vivenciam insegurança alimentar intrafamiliar, com discriminação do
consumo de alimentos fontes de ferro entre os membros. Portanto, torna-se necessário, de
forma imediata, a inclusão de vigilância do estado nutricional de ferro e de outros
micronutrientes, como parte dos cuidados permanentes com a saúde das famílias dos
trabalhadores de cana-de-açúcar, especialmente no Nordeste do Brasil, a fim de implementar
estratégias eficazes para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) nesta população.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12676
Date01 March 2013
CreatorsCavalcanti, Débora Silva
ContributorsCerqueira, Mônica Maria Osório de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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