Apesar de o Brasil ser o país com a maior comunidade japonesa fora do Japão, ainda há poucos estudos sobre a aquisição e aprendizagem do português por falantes japoneses. Partindo da descrição do sistema silábico da língua portuguesa (CÂMARA JR., 1970; FERREIRA NETTO, 2001; CRISTÓFARO SILVA, 2009; CAGLIARI, 2007; CAVALIERE, 2005) e da língua japonesa (SHIBATANI, 1987; ITÔ, 1986; McCAWLEY, 1968; HINDS, 1986), pretende-se observar por meio da Análise de Erros (CORDER, 1967) quais as estratégias utilizadas por falantes japoneses em processo de aprendizagem da língua portuguesa para pronunciar duas estruturas silábicas que não existem em sua língua materna: sílabas CVC terminadas em /r/ ou /s/, e sílabas com mais de uma consoante pré-vocálica do tipo CCV, com /r/ ou /l/ ocupando a segunda posição de ataque. A partir dessa observação, busca-se determinar quais dessas estruturas representam maior dificuldade para o aprendiz japonês. Para a composição do corpus, foram criados dezenove nomes fictícios com as estruturas silábicas em questão e sete informantes foram gravados. Ainda que não tenha sido uma pesquisa quantitativa, por meio da comparação dos resultados foi possível verificar a maior facilidade de produzir sílabas CVC em relação às CCV e, para a maioria, o número de acertos foi maior com a consoante /s/ em posição de coda e /r/ na segunda posição de ataque complexo. Quanto à estratégia utilizada, o uso de inserção vocálica foi maior que o de apagamento, exceto quando /r/ ocupa a posição de coda. A pesquisa mostrou que a dificuldade maior ou menor do aprendiz pode ser entendida a partir de processos fonológicos que acontecem na L1, no caso a língua japonesa. / Although Brazil is the country with the largest Japanese community outside Japan, there are few studies about Portuguese acquisition and learning by Japanese speakers. Based on the description of the syllabic system of the Portuguese language (CÂMARA JR., 1970; FERREIRA NETTO, 2001; CRISTÓFARO SILVA, 2009; CAGLIARI, 2007; CAVALIERE, 2005) and of the Japanese language (SHIBATANI, 1987; ITÔ, 1986; McCAWLEY, 1968; HINDS, 1986), we intend to observe through Error Analysis (CORDER, 1967) the strategies used by Japanese learners of Portuguese to pronounce two syllable structures that do not exist in their native language: CVC syllables closed by /r/ or /s/ and CCV syllables with /r/ or /l/ in the second onset position. From this observation, we seek to determine which of these structures represents more difficulty for Japanese learners. To compose the corpus, nineteen fictitious names with the syllabic structure in question were created and seven informants were recorded. Although it has not been a quantitative research, by comparing the results we could verify that it was easier to produce CVC syllables than CCV ones. In addition, for most of the informants, the number of correct production was higher with the consonant /s/ in coda position and /r/ in the second onset position. For the strategy used, the use of vowel insertion was higher than deletion, except when /r/ occupies the coda position. Research has shown that the greater or lesser difficulty of the learner can be understood from phonological processes that occur in L1, in this case the Japanese language.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-13092013-121329 |
Date | 02 July 2013 |
Creators | Gustavo Massami Nomura |
Contributors | Rosane de Sa Amado, Rogerio Vicente Ferreira, Flaviane Romani Fernandes Svartman |
Publisher | Universidade de São Paulo, Filologia e Língua Portuguesa, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0026 seconds