Este trabalho apresenta um estudo sobre as representações de arquitetura, a partir da leitura e interpretação de um objeto histórico, o risco debuxado na parede do consistório da Capela do Carmo de Ouro Preto em 1789, e promove uma abordagem ainda não realizada, desde a sua descoberta em 1942, durante reforma realizada na capela pelo então SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O risco e os documentos da Ordem do Carmo revelam aspectos importantes para a compreensão da fábrica da arquitetura religiosa no período colonial brasileiro, quando o Brasil era parte do vasto reino de Portugal. Ao longo do texto confirma-se a existência de uma trama social e produtiva hierarquizada, em que o risco aparece como parte da fábrica da arquitetura religiosa, um recurso de reflexão coletiva no campo hoje reconhecido como das práticas projetuais. Mais especificamente, um procedimento de reforma do risco original feito para a obra de talha dos seis altares do corpo da capela, uma revisão de aspectos formais que só foram percebidos com os altares já asentados, ou instalados. Ao desenhar, ou debuxar, eram articulados conhecimentos técnicos e artísticos. As pessoas envolvidas em tal processo, mestres oficiais ou não, conheciam o peso da matéria e o sentido das ideias representadas a partir de recursos gráficos específicos, que comunicavam, antecipavam e constituíam elemento de coesão dessa estrutura social, consolidada na concepção e materialização de suas ideias, como pode ser visto na cidade de Ouro Preto. / This work presents a study on the architectural representations, from the reading and interpretation of a historical object, the risk drawn on the wall of the consistory of the Carmo Chapel of Ouro Preto in 1789, and promotes an approach not yet accomplished, since its Discovered in 1942, during a reform carried out in the chapel by the SPHAN (National Historical and Artistic Heritage Service). The risk and documents of the Order of Carmel reveal important aspects for the understanding of the religious architecture factory in the Brazilian colonial period, when Brazil was part of the vast kingdom of Portugal. Throughout the text, the existence of a hierarchical productive and social fabric is confirmed, in which the risk appears as part of the religious architecture factory, a resource of collective reflection in the field today recognized as of the project practices. More specifically, an original risk reform procedure done for the carving work of the six altars of the chapel body, a review of formal aspects that were only perceived with the altars already settled, or installed. When drawing, or debugging, technical and artistic knowledge was articulated. The people involved in this process, both official and non-formal masters, knew the weight of the material and the meaning of the ideas represented by specific graphic resources that communicated, anticipated and constituted an element of cohesion of this social structure, consolidated in the conception and materialization of its Ideas, as can be seen in the city of Ouro Preto.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-20122016-152717 |
Date | 10 June 2016 |
Creators | Gutierrez, Rodrigo Luiz Minot |
Contributors | Rozestraten, Artur Simões |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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