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A competição entre os discursos e as artes na Historia de la conquista de México de Dom Antonio de Solís / The competition between discourses and arts in The History of the Conquest of Mexico by Don Antonio de Solís

A base do estudo empreendido nesta tese é a abordagem da Historia de la conquista de México de Dom Antonio de Solís a partir das preceptivas retóricas seiscentistas. Em nossa leitura, o discurso histórico seiscentista é fabricado pela arte. Narrar os feitos construídos como memoráveis é descrevê-los, portanto, retratá-los, ou seja, fazer com que o leitor possa vê-los. Nas edições da Historia de Solís enriquecidas com gravuras, as matérias lidas e vistas se desdobram em uma competição entre as artes, ou seja, entre a História e a Gravura. Nosso propósito é estudar a rivalidade imposta pela imagem como forma de superar a narração e as descrições empenhadas pelo cronista. Assim, as imagens imitam seu texto como forma de alcançar a emulação. Além da edição princeps da História, compõem o corpus da tese três edições enriquecidas com gravuras: a toscana, publicada em Florença em 1699; a castelhana, publicada em Bruxelas em 1704; e a inglesa, publicada em Londres em 1724. A obra de Solís, bem como suas reedições, é compreendida aqui como espaço de competição tanto das artes como dos discursos. A disputa discursiva é analisada na leitura dos textos oficiais que compõem a parte introdutória da edição princeps, os quais ajuízam o estilo, o decoro e a prudência dos preceitos empenhados pelo cronista, ou seja, aprovam e legitimam sua Historia. A concorrência entre os discursos e as artes busca alcançar os efeitos de docere (ensinar), delectare (agradar) e movere (persuadir). Assim, a competição provoca o prazer da maravilha, ensina e agrada aquele que lê as imagens podendo vê-las, logo, persuade de forma mais intensa e eficaz. / The basis of study undertaken in this thesis is the approach to The History of the Conquest of Mexico by Don Antonio de Solís under the 16th-century perceptive rhetoric. In our interpretation, the 16th-century historical discourse is produced through art. Narrating memorable feats is the same as describing them, therefore, depicting them, so that the reader can see them. In the editions of de Solis The History enriched by illustrations, the topics read and seen engage in a competition between arts, that is to say, History and Engraving. Our aim is to study the contest imposed by image as a means of outshining the narrative and the descriptions made by the chronicler. Thus, the images mimic his text as a way of achieving emulation. In addition to the princeps edition of the History, the corpus of the thesis consists of three richly engraved editions: the Tuscan edition, published in Florence in 1699; the Castilian edition, published in Brussels in 1704; and the British edition, published in London in 1724. Solís literary composition, as well as its reeditions, is understood here as a competition field for both arts and discourses. The discursive dispute is analyzed through the reading of official texts which form the introductory section of the princeps edition and assess the chroniclers style, decency and prudence applied to precepts, approving and legitimizing his History. The rivalry between discourses and arts aims to achieve effects of docere (teaching), delectare (delighting) and movere (persuading). Thus, the competition incites the delight of wonder, teaches and pleases whoever reads the images through sight, therefore, it persuades in a more intense and effective manner.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-26052015-102123
Date05 December 2014
CreatorsFreire, Deolinda de Jesus
ContributorsBarreto, Maria Teresa Cristofani de Souza
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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