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Objeto escultórico auto-reflexivo

Do ponto de vista do autor, pretende-se que a obra literalmente fale por ele e que todo o aspecto da teoria da arte, que tanta importância tem no campo artístico da actualidade, seja parte integrante da sua apresentação formal.Assim, este trabalho apresenta-se, além de caracteristicamente escultórico, como um veículo analítico, pretendendo explicar, no essencial, o pós modernismo e como este divergiu do modernismo. Consubstanciando com algumas teorias de filósofos que fundamentam este paradigma, explica o seu enquadramento na sociedade actual, qual o objecto da estética e qual a posição do indivíduo e a sua afinidade com o processo de intelectualização da obra de arte.A investigação incidiu na problemática do homem biónico como estádio de evolução da humanidade, numa perspectiva lógica de continuidade gradativa, e na problemática do processo artístico como método gnosiológico. Para tal, poder-se-á observar a conjugação de vários elementos simbólicos numa tentativa de representar a evolução do conhecimento humano e a relação do homem com o computador.O objecto escultórico é também uma homenagem a Platão, pai do pensamento ocidental. Serve de suporte à componente do vídeo, pois o desígnio da escultura obrada é transmitir uma mensagem sonora através da emissão de uma gravação de imagens, em forma de rosto, como complemento ilustrativo da figura humana. De facto, existe uma intencionalidade de comunicação que vai ser realizada através do uso da palavra, fazendo deste objecto estético um híbrido entre a escultura, a vídeo-arte e a arte dramática.A mensagem a transmitir será dentro da temática da pragmática do fenómeno artístico como processo de subjectivação autoreflexivo, e daObjecto Escultórico Auto-reflexivo importância da linguagem na intelecção conceptual da experiência artística.O texto emitido pela obra enquanto orador pretende criar uma relação com o espectador, transmitindo a sua contextualização histórico-filosófica, a sua auto-análise como obra. Exalta os aspectos negativos para fazer a apologia dos positivos e, simultaneamente entra numa tentativa de discurso directo com os ouvintes, o que na realidade é ilusório, por não se verificar a interactividade.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/67709
Date06 January 2010
CreatorsEduardo Paulo Rodrigues Loio
ContributorsFaculdade de Belas Artes
Source SetsUniversidade do Porto
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsopenAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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