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Contas de vidro: através dos conceitos de original e cópia, espelhos, sombras e reflexos

A arte e as suas práticas são coisas diferentes. Não são os meios que, por si, definem a arte, o que a define será o que com eles fizermos: como ideia, vontade e intenção.Parto de uma ideia inicial que se relaciona com as noções de cópia e original, e que se apoia, numa primeira fase, na minha prática fotográfica actual e na minha anterior prática de pintura (à qual viria a regressar mais de duas décadas depois, numa consequência "natural" da aprendizagem de hoje).Uso o espelho como instrumento operativo e conceptual na tentativa de descobrir as suas relações com os conceitos de imagem e de representação, e dos seus reflexos na arte e na vida.A pintura, uso-a para abordar os conceitos de único e de palimpsesto, e aí trabalho com a ideia de origem. Uso a fotografia - que é sempre cópia - como instrumento da pintura. Como curiosidade inevitável e expansão da ideia inicial, uso o lado cinemático do vídeo na sua intrínseca relação com o espaço (da pintura) e o tempo (da fotografia): como movimento.Como sujeito envolvido num processo criativo que continua sendo feito, e partindo sempre da minha própria experiência, apreendo, pensando e sentindo, que o olhar e o ver funcionam em níveis diferentes: em distracção e em atenção.Só com tempo de reflexão, que obrigue ao esforço e vontade de querer de novo sentir, é que estaremos, ou não, em condições de poder de algum modo continuar a entender a arte e a sua prática como possibilidade de criação.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/68750
Date10 December 2008
CreatorsAntónio José Carvalho da Fonseca Rocha
ContributorsFaculdade de Belas Artes
Source SetsUniversidade do Porto
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsopenAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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