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Previous issue date: 2013-03-25 / Foi observado nesta pesquisa a hegemonia nos assentamentos de reforma agrária do
Espírito Santo do padrão de agricultura considerado convencional, alastrado pela lógica da
modernização agrícola e representado no binômio agrotóxicos-adubos químicos, com o qual
a maioria dos beneficiários identifica seus sistemas de produção agrícola. Nos
assentamentos de algum modo vinculados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) ou no campo de sua ação política, no geral, se apresenta a mesma
configuração entre os diferentes padrões de produção predominante no contexto das áreas
de reforma agrária, tomadas como um todo; incluindo o uso dos insumos químico-industriais
difundidos pela revolução verde por cerca de 2/3 dos assentados, apesar da forte
presença da crítica aquele padrão tecnológico presente no discurso político-ideológico das
lideranças e militantes do MST. No entanto, foi constatada também a existência de um
número significativo de assentados, não apenas vinculados ao MST, que desenvolvem e se
identificam com sistemas de produção não convencionais ou agroecológicos. Foi observado
ainda que o caráter geral dessas experiências é seu isolamento relativo. Na tentativa de
melhor compreender o quadro descrito acima optou-se por analisar os caminhos e os
descaminhos da incorporação e da difusão das experiências de agricultura alternativa ou
agroecológicas nos assentamentos no campo de ação política do MST no ES, a partir da
perspectiva da teoria da mediação social. Foram utilizados dados de pesquisas As
observações e conclusões apresentadas neste trabalho foram desenvolvidas a partir de uma
perspectiva essencialmente exploratória e multimetodológica, na tentativa de captar a
complexidade e a riqueza dos processos sociais relacionados ao objeto proposto. Além da
revisão parcial e orientada da produção científica pertinente ao tema, a pesquisa se valeu do
trabalho de campo por meio do qual foram obtidos dados qualitativos e quantitativos junto a
famílias assentadas, técnicos de assistência técnica e extensão rural (ATER) que
trabalhavam nas áreas de assentamento, militantes do movimento social e agentes públicos,
em particular daqueles vinculados ao INCRA. O trabalho teve como principal conclusão que
os limites do esforço do MST para a incorporação da proposta agroecológica nos
assentamento de reforma agrária são dados pela forma de mediação específica que define
a atuação política do Movimento no campo brasileiro.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/4326 |
Date | 25 March 2013 |
Creators | SILVA, L. W. S. E. |
Contributors | CANAVESI, F. C., SCARIM, P. C., COLBARI, A. L., MONGIM, A. B. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | text |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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