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Acesso lexical na produção de fala bilíngue em região de fronteira Brasil/Uruguai

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Previous issue date: 2013-11-20 / The results of several studies on bilingualism suggest a cognitive advantage due to code-switching, which creates a need for greater inhibitory control, one of the cerebral executive functions (e. g. BIALYSTOK et al., 2004; BIALYSTOK et al., 2005; MARTIN-RHEE; BIALYSTOK, 2008; COSTA et al., 2008). However, this advantage is not as evident in some studies, mainly when extralinguistic factors are controlled more strictly (MORTON; HARPER, 2007) or when attentional and inhibitory control are analyzed separately (BIALYSTOK et al., 2009). Regardless of the situation, the bilingual advantage over monolinguals has been investigated considering different age groups (children, young adults and the elderly). This study aims at investigating cognitive differences between mono and bilingual children who live in a border region, where the languages Portuguese and Spanish coexist, not only in personal, but also in social interactions in the community. In this study two nonlinguistic tasks and a linguistic one, which have been used in other studies (BIALYSTOK et al., 2005b; COSTA et al., 2008; YANG; LUST, 2011; PREUSS, 2011), were replicated, although not together and not necessarily with the same age group, according to the literature found. The replicated tasks focused mainly at investigating processes of inhibitory control and lexical access in bilingual speech production in Aceguá, a city in the border region between Brazil and Uruguay, which had not been analyzed yet, including bilingual children, speakers of Uruguayan Portuguese (DPUs)(ELIZAINCÍN, 2001), Brazilian Portuguese (PB) and Spanish (E). In order to achieve this goal, 60 children aged nine and ten (20 bilinguals (Aceguá) and 40 monolinguals (Aceguá and a control group from Pelotas)) were interviewed and tested with the following nonlinguistic tasks, the Simon Task (SIMON; WOLF, 1963) and the child version of the Attentional Network Task (RUEDA, et al., 2004), and also with the Lexical Access linguistic task (COSTA et al., 2000; PREUSS, 2011). The results obtained in the nonlinguistic tasks did not show cognitive differences between bilingual and monolingual children from the same region. The bilinguals were actually slower than the control group, suggesting that extralinguistic factors considerably influence the reliability of the results found by research on bilingualism, as evidenced in other studies (e. g. HILCHEY; KLEIN, 2011). The data show that a bilingual advantage in conflict resolution is sporadic and may even is absent, depending on the groups under analysis. Also, the results found between the two bilingual groups (Portuguese/Spanish and Spanish/Portuguese) did not show significant differences in order to assume the existence of psycholinguistic differentiation between the languages used in Aceguá/RS, once the advantage was present randomly in both groups when investigating the interference effects present in the bilingual speech involving two languages with semantic proximity. The general results of this study suggest the need for further investigations involving border bilingualism, with a bigger number of participants and also with strict control of extralinguistic factors, which can dramatically affect the identification of the bilingual cognitive advantage / Os resultados de vários estudos sobre bilinguismo sugerem uma vantagem cognitiva decorrente da prática da troca de códigos (code switching), que gera uma necessidade de maior controle inibitório, uma das funções executivas cerebrais (ex. BIALYSTOK et al., 2004; BIALYSTOK et al., 2005; MARTIN-RHEE; BIALYSTOK, 2008; COSTA et al., 2008). No entanto, essa vantagem não é tão evidente em alguns estudos, principalmente quando fatores extralinguísticos são controlados com maior rigor (MORTON; HARPER, 2007) ou quando controle de atenção e inibição são analisados em separado (BIALYSTOK et al., 2009). Independentemente da situação, a vantagem computada aos bilíngues sobre os monolíngues já foi pesquisada em diferentes faixas etárias (crianças, jovens adultos e idosos). Esta pesquisa visa investigar diferenças cognitivas entre crianças mono e bilíngues de região de fronteira, onde os idiomas do português e do espanhol convivem, tanto nas relações pessoais como nas sociais da comunidade. Na presente pesquisa foram replicadas duas tarefas não linguísticas e uma linguística, as quais já haviam sido utilizadas em outros estudos (BIALYSTOK et al., 2005b; COSTA et al., 2008; YANG; LUST, 2011; PREUSS, 2011), porém não em conjunto e não necessariamente para o mesmo grupo etário, de acordo com a bibliografia encontrada. As tarefas replicadas tiveram como principal objetivo investigar os processos de controle inibitório e de acesso lexical na produção de fala bilíngue na fronteira entre Brasil e Uruguai, na região de Aceguá, a qual não havia sido analisada ainda, em crianças bilíngues, falantes do português uruguaio (DPUs) (ELIZAINCÍN, 2001), do português brasileiro (PB) e do espanhol (E). Para atingir esse objetivo, foram entrevistadas e testadas 60 crianças na faixa etária compreendida entre nove e dez anos (20 bilíngues (região) e 40 monolíngues (região e grupo controle de Pelotas)) nas seguintes tarefas não linguísticas: Tarefa de Simon (SIMON; WOLF, 1963) e Tarefa de redes de atenção - ANT infantil (RUEDA, et al., 2004) e na tarefa linguística de Acesso Lexical (COSTA et al., 2000; PREUSS, 2011). Os resultados encontrados nos testes não linguísticos não apontaram diferenças cognitivas entre crianças bilíngues e monolíngues da mesma região. Os bilíngues foram inclusive mais lentos na comparação com as crianças do grupo controle, sugerindo que os fatores extralinguísticos influenciam consideravelmente na confiabilidade dos resultados de pesquisa sobre bilinguismo, como evidenciado em outros estudos (ex. HILCHEY; KLEIN, 2011). Os dados revelam que a vantagem bilíngue na resolução de conflitos é esporádica e pode inclusive ser ausente, dependendo dos grupos analisados. Também, os resultados encontrados entre os dois grupos bilíngues (Português/Espanhol e Espanhol/Português) não revelam diferenças significativas para afirmar a existência de diferenciação psicolinguística entre os idiomas praticados na região de Aceguá/RS, uma vez que a vantagem pendeu aleatoriamente para os dois grupos na investigação dos efeitos de interferência presentes na fala bilíngue quando dois idiomas de proximidade semântica são avaliados. Os resultados gerais da presente pesquisa sugerem a necessidade de mais estudos envolvendo bilinguismo fronteiriço, com maior número de participantes e também com o controle rigoroso dos fatores extralinguísticos, os quais podem afetar drasticamente a identificação da vantagem cognitiva de bilíngues.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.ucpel.edu.br:tede/309
Date20 November 2013
CreatorsSilva, Leandra Fagundes da
ContributorsZimmer, Márcia Cristina
PublisherUniversidade Catolica de Pelotas, Mestrado em Letras, Ucpel, BR, Letras
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel, instname:Universidade Católica de Pelotas, instacron:UCPEL
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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