Return to search

Efeito do aspartame na placentação: estudo in vitro

Os trofoblastos extravilositários são as principais células envolvidas na placentação. O aspartame é um adoçante artificial com um uso disseminado e é completamente hidrolisado no trato gastrointestinal em fenilalanina, ácido aspártico e metanol. Nos roedores, a ingestão de aspartame durante a gravidez associou-se a uma redução dos pesos da placenta e do feto, contudo, o efeito do aspartame na placentação a um nível celular nunca foi estudado. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do aspartame e dos seus metabolitos nas características de trofoblastos extravilositários. Para tal, expôs-se células HTR-8/SVneo ao aspartame (0.001, 0.01, 0.1, 0.5 e 1 mM), L-fenilalanina (0.14 e 0.5 mM), L-aspartato (0.82, 2.8 e 10 mM) ou metanol (0.14 e 0.8 mM). O aspartame teve um efeito anti-proliferativo e diminuiu a atividade mitocondrial, a captação de glicose a aumentou o número de células na fase S do ciclo celular. O L-aspartato reduziu significativamente a captação de glicose e o conteúdo proteico da cultura. A L-fenilalanina teve um efeito anti-proliferativo e aumentou a atividade mitocondrial. O metanol teve efeitos ainda mais marcados nas células HTR8/SVneo do que o aspartame. Nomeadamente, demonstrou um efeito anti-proliferativo, diminuiu a captação de glicose, a capacidade migratória e o número de células na fase G2/M e induziu stress oxidativo em concentrações correspondentes aos níveis sanguíneos observados com o percentil 99 da ingestão diária máxima recomendada de aspartame. De forma geral, estes resultados mostram que o aspartame e os seus metabolitos podem afetar os trofoblastos extravilositários e apoiam a conclusão de que o efeito do aspartame na placenta deve ser mais bem avaliado. / Extravillous trophoblasts (EVTs) are the main cell type involved in placentation. Aspartame is an artificial sweetener with a widespread use, and this compound is completely hydrolyzed in the gastrointestinal tract into phenylalanine, aspartic acid, and methanol. In rodents, aspartame ingestion during pregnancy was found to cause a reduction in placental and fetal weights, but its effect in placentation at a cellular level has not been studied. In this work, we aimed to study the effects of aspartame and its metabolites on placentation-related characteristics of EVTs. For this, we exposed HTR-8/SVneo cells to aspartame (0.001, 0.01, 0.1, 0.5 and 1 mM), L-phenylalanine (0.14 and 0.5 mM), L-aspartic acid (0.82, 2.8 and 10 mM) or methanol (0.14 and 0.8 mM) for 24 h. Aspartame had an antiproliferative effect, decreased mitochondrial activity and glucose cellular uptake and increased the number of cells arrested in S phase. L-aspartic acid significantly reduced glucose uptake and the culture protein content. L-phenylalanine had an antiproliferative effect and increased mitochondrial activity. Interestingly, methanol exerted even more marked effects on HTR8/SVneo cells than aspartame. Namely, it showed an antiproliferative effect, decreased glucose uptake, the migratory ability and the number of cells in the G2/M phase and increased oxidative stress levels, in concentrations corresponding to the blood levels after the 99th percentile of projected daily ingestion of aspartame. Overall, our results demonstrate that aspartame and its metabolites can affect EVTs and support the conclusion that the effect of aspartame in the placenta should be further evaluated.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/142306
Date25 March 2022
CreatorsHelena Isabel Lopes Rodrigues
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsrestrictedAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

Page generated in 0.0016 seconds