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Previous issue date: 2008-12-18 / This dissertation analyzes the relationship between popular segments of society -
especially the category of domestic workers - with the media, consumerism and beauty. The
reason for our choice of domestic workers is because this profession has, simultaneously,
many characteristics that allow it to be considered as subaltern: its undervaluation due to
hybridizations that come from the times of legal slavery; the current labor laws, very different
from the ones regarding other professions; the low income and the mainly feminine character
of the profession. Our idea, therefore, is to look at consumers culture - especially the part of
it connected to beauty, which comprehends fashion, body and beautifying strategies in
general, all of those concepts intimately intertwined with women s history - from the
viewpoint of a subaltern group. One of the ways through which consumers culture and
hegemonic concepts such as the need for beauty are spread through society is the media,
nowadays practically ubiquitous, due to its great accessibility through TV, radio, movies,
newspapers, internet, cellphones, graffiti, billboards, waiting rooms etc. Wherever there is a
potential consumer to be found, there will be at least one media vehicle. Its ability for content
coverage and repetition allows media to be considered a very important intermediator
between individuals and the world, becoming a relevant builder and repeater of cultural
concepts, which will influence the subjectifying processes in people. In order to investigate
this influence, 31 domestic workers in Goiânia were interviewed, with questions about their
beauty concepts and their favorite mediatic programs. Both discourses were related to the
objective of understanding whether there is a beauty concept carried out by the media, how
the domestic workers perceive it, and what are their strategies to comply (or not) to them,
assuming that domestic workers may relate to these contents in different ways: by making
them their own, by negotiating with them, or even by denying them. That is because it is
understood that lower segments of society are in constant relationship with the hegemonic
contents, and are therefore co-participants in the forces that build culture day by day. / Esta dissertação analisa a relação de setores populares, mais especificamente as
trabalhadoras domésticas, com mídia, consumo e beleza. A escolha da categoria de
trabalhadoras domésticas se deu por esta profissão carregar, ao mesmo tempo, várias
características que fazem com que se possa considerá-la como subalternidade: a
desvalorização devido a hibridações desde a escravidão, as diferenças jurídicas em relação a
outras profissões, o baixo poder aquisitivo e o caráter prioritariamente feminino da profissão.
A idéia então é de lançar um olhar a partir da subalternidade para a cultura de consumo,
especialmente o ligado à beleza, que compreende moda, corpo e estratégias de
embelezamento em geral, conceitos intimamente ligados à história das mulheres. Uma das
formas pelas quais a cultura de consumo e os conceitos hegemônicos - como o da necessidade
de beleza - são disseminados na sociedade é por meio da mídia, que hoje tem um caráter
quase onipresente , devido à facilidade ao seu acesso, como TV, rádio, cinema, revistas,
jornais, internet, celulares, muros, outdoors, salas de espera, enfim, há mídia onde há um
possível consumidor. A capacidade de abrangência e de repetição de conteúdos faz com que a
mídia possa ser considerada como um importante mediador entre as pessoas e o mundo, se
tornando um importante construtor e reprodutor de conceitos culturais, que vão influenciar
nos processos de subjetivação dos indivíduos. Para se averiguar esta influência, entrevistaramse
31 trabalhadoras domésticas em Goiânia, investigando quais os seus conceitos de beleza, e
qual a programação midiática mais consumida por elas. Ambos os discursos foram
relacionados com o objetivo de se entender se há um conceito de beleza veiculado pela mídia,
como as profissionais o percebem, e quais são as estratégias para se adequar ou não a eles.
Parte-se do pressuposto de que as trabalhadoras domésticas podem se relacionar com esses
conteúdos de várias formas: se apropriando deles, negociando com eles, e também os
negando. Isso porque entende-se que os setores populares estão em constante relação com os
conteúdos hegemônicos, e, portanto, são interlocutores e co-participantes nas forças que
constroem diariamente a cultura.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tde/1408 |
Date | 18 December 2008 |
Creators | JORDÃO, Janaína Vieira de Paula |
Contributors | MENDONÇA, Maria Luiza Martins de |
Publisher | Universidade Federal de Goiás, Mestrado em Comunicação, UFG, BR, Ciências Sociais Aplicadas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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