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Limnoperna fortunei(Bivalvia:Mytilidae) e o setor elétrico brasileiro : distruibção, impactos, estudo de caso da dispersão no Rio Iguaçu e teste de protocolo de uso de larvas na caracterização do perfil genético de populações

Orientador : Prof. Dr. Walter Antônio Pereira Boerger / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Defesa: Curitiba, 24/07/2014 / Inclui referências / Area de concentração: Zoologia / Resumo: As invasões biológicas têm sido reconhecidas como uma das ameaças de alto impacto aos ecossistemas naturais. Os ambientes mais susceptíveis à introdução acidental de espécies são regiões estuarinas e lagos, pois muitas das espécies exóticas e potencialmente invasoras são organismos aquáticos. Os bivalves de água doce, em particular, apresentam a maioria dos atributos necessários para a colonização de novos ambientes. Um bivalve de grande interesse é o mexilhão dourado Limnoperna fortunei. Originário da Ásia e introduzido na América do Sul em 1991 na Argentina, em pouco tempo se disseminou entre as bacias hidrográficas deste país, do Paraguai, Uruguai, Bolívia e Brasil, com limite de distribuição ao norte registrado na região de Cáceres, Mato Grosso, Brasil. A Bacia Amazônica ainda não apresenta registro do mexilhão dourado. A chegada da espécie na região deverá promover sérios impactos ambientais e econômicos, e sua ocorrência certamente não passará despercebida. O setor mais afetado pela proliferação do mexilhão dourado é o setor elétrico, atualmente, a espécie está presente em 36 usinas hidrelétricas brasileiras, e outras 52 apresentam risco de invasão no período de um ano. Somadas, resultam em aproximadamente 56% da potência instalada total de usinas hidrelétricas no Brasil. Se considerarmos ainda os prejuízos que o mexilhão dourado potencialmente pode gerar a outras fontes de geração de energia que utilizam água para a própria geração e para resfriamento de equipamentos, como as pequenas centrais hidrelétricas (PCH), as usinas termelétricas (UTE) e as usinas termonucleares (UTN), os impactos serão extremos e imprevisíveis. As ferramentas moleculares são de extrema importância para elucidar questões de rotas de invasão e detectar precocemente estágios larvais de L. fortunei. Neste estudo, é proposto um protocolo de utilização de larvas no estudo do perfil genético de populações, permitindo estudar a espécie em regiões de difícil acesso às populações adultas e entender de forma mais aprofundada os processos de invasão.
Palavras chave
Fouling, bioinvasão, mexilhão dourado, incrustação, protocolo molecular. / Abstract: Biological invasions are recognized as one of the major threats to natural ecosystems. Ecosystems that are more susceptible to accidental introduction of species are estuarine regions and lakes, since many of the exotic and potentially invasive species are aquatic organisms. Freshwater bivalves, in particular, present most of the attributes required to colonize and invade new environments. A bivalve of great interest is the golden mussel, Limnoperna fortunei. Originally from Asia and introduced in South America in 1991, this species soon spread throughout the watersheds in this country, Paraguay, Uruguay, Bolivia and Brazil, reaching the region of Caceres, Mato Grosso, Brazil. The Amazon Basin still has no record of the golden mussel. The arrival of the species in the region should promote serious environmental and economical impacts, and its occurrence certainly will not go unnoticed. The sector most affected by the proliferation of the golden mussel is the electricity-production sector. Currently, 36 Brazilian power plants present the species, and 52 others are at risk of invasion within one year. Together, these power plants represent approximately 56% of the total installed capacity of hydroelectricity in Brazil. If we also consider the damage that the golden mussel can potentially generate to other sources of power generation that use water to generate power and cooling equipment, such as small hydropower, thermal power plants and the thermonuclear plants, the impacts will be unpredictable and extreme. Molecular tools are extremely important to elucidate issues such as invasion routes and to early detect L. fortunei larval stages. In this study, we proposed a protocol to use larvae to determine the genetic profile of populations of the golden mussel, allowing study of the species in regions of difficult access to adult populations and a better understanding of the processes of invasion. Key words Fouling, bioinvasion, golden mussel, molecular protocol.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/36366
Date January 2014
CreatorsBorges, Patricia Dammski
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Boerger, Walter A
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format63f. : il. algumas color., tabs., grafs., maps., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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