CIDADE, Elívia Camurça. Juventude em condições de pobreza: modos de vida e fatalismo. 2012. 165f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-11-25T14:55:58Z
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Previous issue date: 2012 / Os jovens pobres, costumeiramente associados à vitimização pelo envolvimento com drogas, práticas ilícitas e atos violentos, experienciam no cotidiano inúmeros desafios como a necessidade de superação das adversidades e privações cotidianas e a busca pelo alcance dos ideais a eles destinados de obtenção de realizações pessoais e profissionais. A pobreza, considerada sobre o ponto de vista multidimensional da Abordagem das Capacidades (SEN, 2000), impõe limitações que reforçam as experiências de constante insegurança. Diante dos investimentos frustrados em mudar a realidade, a atribuição da responsabilização dos fenômenos cotidianos a uma entidade superior aparece como alternativa para lidar com o clima de tensão social e tem no fatalismo, enquanto fenômeno psicossocial relacionado ao aparente conformismo dos grupos e indivíduos com condições deploráveis de existência e com um regime de vida opressor (MARTÍN-BARÓ, 1998), a expressão das conseqüências danosas de viver em uma cultura da pobreza. Dessa forma, esta pesquisa se questiona como o fatalismo se manifesta em jovens que vivem em condições de pobreza? A metodologia utilizada, de natureza qualitativa, orienta-se segundo o objetivo geral ‘analisar a relação existente entre as manifestações do fatalismo e os modos de vida da juventude em condições de pobreza’. A pesquisa foi desenvolvida junto ao Projeto Jovem Aprendiz, realizado pelo Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim, localizado na periferia da cidade de Fortaleza (Ce). O processo de construção de dados compreendeu a realização de observação participante entre os meses de março e junho de 2012, realização de dois grupos focais, estando presentes 6 sujeitos em cada ocasião, e de autofotografia aliada à entrevista em profundidade com duas jovens que haviam participado dos grupos. Os dados gerados foram analisados a partir da proposta da Análise de Conteúdo Temática de Laurence Bardin com auxílio do software de análise qualitativa Atlas TI 5.2. Foram obtidas 41 categorias de análise, organizadas segundo grandes categorias ou famílias intituladas de ‘modos de vida da juventude pobre’, ‘vida em condições de pobreza’ e ‘manifestações do fatalismo’. Ao final, percebe-se que a insegurança decorrente da vida em condições pobreza faz com que os sujeitos construam lógicas randômicas e dissonantes dos reais fatores, fazendo com que a atribuição da responsabilidade dos fatos a uma entidade divina se constitua como elemento apaziguador das tensões sociais e do sofrimento psíquico oriundo da insegurança de viver na pobreza. Instaura-se um processo progressivo de individualização do social, que auxilia na instalação da culpabilização psicológica dos indivíduos e na perpetuação do fatalismo. O desenvolvimento de práticas pautadas na práxis de libertação aparece como possibilidade de trazer os jovens à reflexão e ao diálogo sobre os reais fatores impulsionadores das manifestações fatalistas. Agradecimentos à CAPES.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/6812 |
Date | January 2012 |
Creators | CIDADE, Elívia Camurça |
Contributors | XIMENES, Verônica Morais |
Publisher | www.teses.ufc.br |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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