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Por uma ética animal nos estudos organizacionais: desvelando o tratamento dado aos animais não-humanos do dark side das organizações

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Previous issue date: 2016-12-20 / CAPES / Assuntos relacionados com ética são cada vez mais discutidos em nossa sociedade. Apesar de diversas perspectivas éticas, até décadas atrás, existia quase uma unanimidade entre os autores que a ética era aplicada por e para seres humanos. Em concordância com vários eticistas que sinalizam a queda do Antropocentrismo Moral, escrevo nesta tese sobre a ética relacionada aos seres sencientes (capazes de sentir), ou seja, os animais humanos e não-humanos. Existe uma demanda social crescente por consideração moral aos animais não-humanos. Muitas organizações, preocupadas ou não com essa demanda têm suas ações influenciadas por indivíduos (consumidores, ativistas, formadores de opinião) e instituições através de manifestações, protestos, boicotes, e até mesmo ações judiciais e legislações. Este trabalho trata sobre como a indústria lida com os animais. Alguns animais fazem parte da consideração moral de muitas pessoas. Mas outros são invisíveis aos olhos do cidadão comum. Geralmente o que os consumidores e a sociedade esperam de uma empresa que usa animais é que eles sejam bem tratados. As empresas dizem que sim. Mas será que realmente é isso que ocorre? Muitos teóricos, como Peter Singer (2008), Tom Regan (2006), Melanie Joy (2014), entre outros, afirmam que os animais que são explorados pela indústria sofrem e morrem sem um tratamento respeitoso e digno. Mas os autores que tratam do Dark Side das organizações, ou seja, que discutem sobre os impactos nocivos das ações organizacionais, não consideram moralmente os animais nessa discussão. Por esse motivo, este trabalho tem o objetivo de analisar de que modo as organizações lidam com a demanda social por consideração moral aos animais não-humanos. Para tanto, percorri o caminho da discussão dos critérios utilizados para atribuir consideração moral. Identifiquei, de maneira mais específica, qual a demanda social pela consideração moral dada aos animais não-humanos e suas influências nas organizações. O tratamento dado aos animais pelas organizações foi analisado a partir do arcabouço teórico da Ética Animal e Dark Side das Organizações. Em seguida foram examinadas as estratégias das organizações para responder essas demandas sociais. E por último foi ponderado sobre os obstáculos para inclusão da consideração moral dirigida aos animais não-humanos pelas organizações. O trabalho de campo foi realizado de maneira qualitativa através de entrevistas em organizações responsáveis por legislar, fiscalizar e treinar empresas quanto as práticas de bem-estar animal. Foi feita também uma análise de comerciais de TV, vídeos institucionais e demais documentos disponibilizados por nove marcas (Friboi, Seara, Sadia, Perdigão, Nestlé, Itambé, Parmalat e Batavo) da indústria de carne e leite. Concluo que, de modo geral, as empresas pesquisadas não têm consideração moral pelos animais não-humanos, e por isso, elas lidam de maneira reativa, atendendo (ou dizendo que atendem) as exigências legais mínimas necessárias para manter a legitimidade perante seu consumidor e sociedade. Na medida do possível, ocultando e/ou distorcendo a realidade do tratamento dado aos animais. Dessa maneira, proponho que as práticas organizacionais nocivas aos animais sejam consideradas aspectos do Dark Side das organizações, pois, além de serem consideradas antiéticas a partir da senciência animal, as próprias empresas consideram a exploração desses animais como reprovável e sentem a necessidade de disfarçar essa realidade. / Issues related to ethics are increasingly discussed in our society. Despite several ethical perspectives, even decades ago, there was almost unanimous among the authors that ethics was applied by and for human beings. In agreement with several ethicists that signal the fall of Anthropocentrism I write this thesis on ethics related to sentient beings (capable of feeling), ie, human and nonhuman animals. There is a growing social demand for moral consideration to nonhumans. Many organizations, concerned or not this demand have influenced his actions by individuals (consumers, activists, opinion leaders) and institutions through demonstrations, protests, boycotts and even lawsuits and legislation. This work will address how the industry deals with animals. Some animals are part of the moral consideration of many people. But others are invisible to the ordinary citizen. Usually what consumers and society expect from a company that uses animals is that they are well treated. Companies say yes. But is that really what happens? Many theorists such as Peter Singer (2008), Tom Regan (2006), Melanie Joy (2014), among others, claim that animals who are exploited by the industry suffer and die without a respectful and dignified treatment. But the authors dealing with the Dark Side of organizations, ie, discussing about the harmful impacts of organizational actions, not morally consider the animals in this discussion. Therefore, this study aims to examine how organizations deal with the social demand for moral consideration to nonhumans. Therefore, I walked the path of the discussion of the criteria used to assign moral consideration. It was identified, more specifically, what the social demand for moral consideration given to non-human animals and their influence in organizations. The treatment of animals by organizations was analyzed from the theoretical framework of Animal Ethics and Dark Side of Organizations. Then the strategies of organizations were examined to answer these social demands. And last was weighted on the obstacles to inclusion of moral consideration directed to non-human animals by organizations. Fieldwork was conducted in a qualitative way through interviews with organizations responsible for legislate, supervise and train companies as the animal welfare practices. also was made a commercial analysis of TV, corporate videos and other documents made available by the companies (Friboi, Seara, Sadia, Perdigão, Nestlé, Itambé, Parmalat e Batavo) of meat and milk industry. I conclude that, in general, the companies surveyed do not have moral consideration for nonhuman animals, and therefore, they deal in a reactive way, attending (or saying they meet) the minimum legal requirements necessary to maintain legitimacy in its consumers and society. As far as possible, concealing and/or distorting the reality of the treatment given to animals. In this way, I propose that organizational practices harmful to animals should be considered aspects of the Dark Side of organizations, since, besides being considered unethical from the animal sentience, the companies themselves consider the exploitation of these animals as reprehensible and feel the need to disguise this reality.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/26029
Date20 December 2016
CreatorsBARRETO, Tiago Franca
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/2330644494071539, FEITOSA, Marcos Gilson Gomes
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Administracao, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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