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A França nas crônicas de Mário de Andrade : o nacional e o estrangeiro no periódico Diário Nacional (1929-1932) /

Orientador: Daniela Mantarro Callipo / Banca: Carla Cavalcanti e Silva / Banca: Marcos Antônio de Moraes / Banca: / Resumo: Utilizando o livro Táxi e crônicas no Diário Nacional, organizado por Telê Porto Ancona Lopez (2005), pretende-se estudar o gênero crônica, bem como apresentar hipóteses que elucidem a importância das alusões aos literatos franceses Marcel Proust, Julien Benda e Blaise Cendrars, presentes em 14 das 173 crônicas de Mário de Andrade que compõem a obra. Antonio Candido (1977, p.12) afirma que já no século XVIII, a língua francesa era a ―língua universal das pessoas cultas. Um século mais tarde, estava no ―clímax de seu prestígio e de sua função civilizadora, tornando-se ―ensino obrigatório e indispensável‖. No Brasil, os escritores acompanhavam as discussões literárias e filosóficas que ocorriam na França, pois a Independência e o Romantismo tornaram urgente a afirmação da nossa nacionalidade e a ex-colônia passou a nutrir uma espécie de desprezo por toda e qualquer forma de vínculo que pudesse colocar a literatura brasileira em situação de submissão à portuguesa. A França, grande centro irradiador de cultura da época, passou a ser a fonte de inspiração para os escritores que liam e admiravam as obras de Balzac, Victor Hugo e Dumas Fils. Esta irradiação chegou ao século XX, tornando-se presente na obra de Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Sérgio Milliet. É neste panorama que se insere Mário de Andrade e que iremos analisar seus textos jornalísticos, focalizando a maneira pela qual o escritor utilizou-se do elemento francês em suas crônicas, inserindo-o em um discurso leve e coloquial / Résumé: En utilisant le livre Táxi e crônicas no Diário Nacional, organisé par Telê Porto Ancona Lopez (2005), nous avons l'intention d'étudier le genre chronique, ainsi que présenter des hypothèses qui élucident l'importance des allusions aux écrivains français Marcel Proust, Julien Benda et Blaise Cendrars, présentes dans 14 des 173 chroniques de Mário de Andrade qui composent l'oeuvre. Antonio Candido (1977, p. 12) affirme qu'au XVIIIe siècle la langue française était déjà le « langage universel des personnes cultivées ». Un siècle plus tard, elle était au « sommet de son prestige et de sa fonction civilisatrice », et son enseignement est devenu « obligatoire et indispensable ». Au Brésil, les écrivains accompagnaient les discussions littéraires et philosofiques qui avaient lieu en France, car l'Indépendance et le Romantisme ont précipité l'affirmation de notre nationalité et l'ancienne colonie a commencé à nourrir une sorte de mépris pour toute forme de lien qui puisse mettre la littérature brésilienne en situation de dépendance par rapport à celle du Portugal. La France, centre irradiateur de culture de l'époque, est devenue une source d'inspiration pour les écrivains qui lisaient et admiraient les oeuvres de Balzac, Victor Hugo et Dumas Fils. Cette irradiation est arrivée au XXe siècle et était présente dans les oeuvres de Manuel Bandeira, Oswald de Andrade et Sérgio Milliet. C'est dans ce contexte qui s'inscrit Mário de Andrade et que nous irons analyser ses textes journalistiques, en se concentrant sur la façon dont l'écrivain a mis l'élement français dans ses chroniques, vu qu'il l'a inséré dans un discours léger et familier / Mestre

Identiferoai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000706094
Date January 2012
CreatorsBirelli, Beatriz Simonaio.
ContributorsUniversidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Assis).
PublisherAssis [s.n.],
Source SetsUniversidade Estadual Paulista
LanguagePortuguese
Detected LanguageFrench
Typetext
Format187 f.
RelationSistema requerido: Adobe Acrobat Reader

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