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Trag?dia e rela??es internacionais : loucura e extin??o nos dispositivos de seguran?a internacional e seus efeitos de verdade no Onze de setembro (1910-2001)

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Previous issue date: 2015-09-04 / Taking as a reference some readings and interpretations of Michel Foucault's works and using some of his categories of analysis, we intend to analyze the conditions of possibility of the veiling of terrorism as an issue in International Relations (IR) between 1910 and 2001. We depart from the empirical conclusion that terrorism was not problematized in the main works of IR. Only after the 9/11 attacks terrorism was seriously and thoroughly incorporated as an issue in IR. We argue that the veiling of terrorism in IR was due, in part, to the political need to relate international security (IS) to tragedy so as to legitimize and sustain relations of domination between states and populations. We sustain that discourses of tragedy are constitutive of IS in IR to the extent that only tragedy is able to legitimize actions of exception by states. The argument is presented dividing the history of IR in two main security dispositifs: the Total War dispositif (1910-1945) and the Cold War dispositif (1945-2001). Each of them constitutes and is constituted by a network of discourses, practices and institutions that sustain particular perspectives of rational political action, presenting war first, between 1910-1945, as madness, and then, between 1945-2001, as the possibility of extinction.Each of this two operatives of IS (madness and extinction) was articulated in regimes of truth that determined what could and could not be said or thought as IS in IR. Tragedy was operated in both dispositifs and functioned as a condition of possibility of IS imagination. Once civilizational and human tragedy was the main risk of security, terrorism could not be articulated in discourses in regimes of truth that took tragedy as a reference ? attacks to bars, restaurants or even airplanes are insufficient to the tragic imagination of IS. We argue, still, that those discourses of tragedy put into work a series of practices, discourses and institutions that, to a great extent, made 9/11 possible ? those being the effects of truth. The main objective of this research is to problematize the effects of a politics of truth in an academic discipline (IR) and how intellectual thought can function in security dispositifs so as to sustain and disseminate power relations. / Partindo de leituras e interpreta??es de Michel Foucault e fazendo uso de algumas categorias desenvolvidas pelo pensador franc?s, o trabalho pretende analisar as condi??es de possibilidade do velamento do terrorismo como problema nas Rela??es Internacionais (RI), entre 1910 e 2001. Parte-se da constata??o emp?rica que o terrorismo n?o foi problematizado nas principais obras de RI no per?odo. Apenas ap?s os ataques de Onze de Setembro o terrorismo passou a ser s?ria e detidamente incorporado ?s analises de internacionalistas. Argumentamos que o velamento do terrorismo nas RI se deveu, em parte, ? necessidade pol?tica de vincular a seguran?a internacional (SI) ? trag?dia de modo a legitimar e sustentar rela??es de domina??o entre estados e popula??es. Sustentamos que discursos de trag?dia s?o constitutivos da SI nas RI na medida em que apenas a trag?dia ? capaz de legitimar a??es estatais de exce??o. O argumento ? apresentado dividindo-se a hist?ria das RI em dois grandes dispositivos de seguran?a: o dispositivo Guerra Total (1910 e 1945) e o dispositivo Guerra Fria (1945 e 2001). Cada um constitui e foi constitu?do por uma rede de discursos, pr?ticas e institui??es que sustentaram perspectivas particulares da a??o pol?tica racional, apresentando a guerra, primeiro, entre 1910 e 1945, como loucura e, entre 1945 e 2001, como perigo de extin??o.Cada um desses dois operadores da SI (a loucura e a extin??o) foi articulado a partir de regimes de verdade particulares que determinaram o que podia e n?o podia ser dito no ?mbito da seguran?a nas RI. A trag?dia foi operada em ambos os dispositivos e funcionou como condi??o de possibilidade da imagina??o de SI. Uma vez que a trag?dia civilizacional e humana era o risco maior da seguran?a, o terrorismo n?o podia ser articulado em regimes de verdade que tomavam a trag?dia como refer?ncia ? a explos?o de bares, restaurantes e at? aeronaves s?o insuficientes ? imagina??o tr?gica da SI. Argumentamos, ainda, que os discursos de trag?dia da SI nas RI colocaram em pr?tica uma s?rie de pr?ticas, discursos e institui??es que, em certa medida, proporcionaram o sucesso da opera??o do Onze de Setembro, sendo esses os efeitos daquelas verdades de seguran?a. O objetivo da pesquisa ? problematizar os efeitos da pol?tica de verdade em uma disciplina acad?mica e como o pensamento acad?mico pode servir e ser operacionalizado dentro de dispositivos de seguran?a de modo a sustentar e legitimar rela??es de poder.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.pucrs.br:tede/6380
Date04 September 2015
CreatorsArend Neto, Hugo Carlos
ContributorsMallmann, Maria Izabel
PublisherPontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul, Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Sociais, PUCRS, Brasil, Faculdade de Filosofia e Ci?ncias Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-7367027085764623952, 600, 600, 600, -4398000523014524731, -1988061944270133392

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