Return to search

Obras humanas e exigências naturais : a significação do homem no seio da natureza em Gabriel Tarde e Henri Bergson

Submitted by Daniele Amaral (daniee_ni@hotmail.com) on 2016-09-13T19:32:23Z
No. of bitstreams: 1
TeseRHT.pdf: 2855882 bytes, checksum: dac98fb10eaf20a37ac52f35e6e3a92f (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-09-15T13:34:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1
TeseRHT.pdf: 2855882 bytes, checksum: dac98fb10eaf20a37ac52f35e6e3a92f (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-09-15T13:34:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1
TeseRHT.pdf: 2855882 bytes, checksum: dac98fb10eaf20a37ac52f35e6e3a92f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-15T13:34:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
TeseRHT.pdf: 2855882 bytes, checksum: dac98fb10eaf20a37ac52f35e6e3a92f (MD5)
Previous issue date: 2015-04-23 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / This thesis analyses the affinities between Gabriel Tarde's and Henri Bergson's philosophies of nature, focusing on their ideas about the man’s meaning, place and role among the works of nature. I will draw from a double shared postulate : Firstly the admission that a nature, which is creative, fulfills well-defined requirements on the act of creation. Throughout the entire nature we will find an effort of creation operating, which is the source of every one of its products, from matter to man. Secondly the evidence that these products extend the requirements in which they find their purpose or reason of existence with more or less success. Once having discriminated the series of beings which emerges from that great enterprise of creation, Tarde and Bergson locate the man at its crown. This man will be described at the same time as one of its products tied to all that forego his dawn and, as an exceptional one, the product in which will be possible for nature to find a solution to its primordial requirements of creation in an exceptional successful way. Nevertheless this man emerged from the general movement of nature, and by prolonging requirements that are preanthropological, will not be made an immediately absolute success only by the exercise of his freedom, sociability and inventiveness. It will be required the action of exceptional individuals who, dragging humanity by their example, will solve the contradictions that nature's inventive genius just relatively evaded. These individualities will be the mystics that accomplish an analogous role in both Tarde's and Bergson's works. Yet, I will carefully demonstrate that despite these affinities we are not allowed to state a full parallelism between Tardian and Bergsonian developments. According to Tarde the effort that we find throughout nature is an effort of progressive harmonization which seeks to place in agreement one pulsive multiplicity that makes background to what is regular in the universe. According to Bergson it consists on an effort to introduce indeterminacy in the universe of necessity, work achieved by the evolution of the living world that creates organisms whose actions will fight against the inertia of matter.To the former, nature appears as a great compositional plan in
which matter, life and man figures as stages in a process that leads to progressively
comprehensive harmonies. To the latter, a cosmology which deals with the integration
between the cosmos strata is inseparable from a philosophy of life and even from a sui generis
biological transfomism. Instead of well-delimited stages, Bergson presents life and matter as
tendencies that contradict themselves, from whose clash results the whole organized world
and, inside its limits, the humankind as one of the solutions that life found when it has
converted the matter, obstacle at first, to instrument. / Este trabalho pretende ser uma análise das afinidades que apresentam as filosofias da natureza de Gabriel Tarde e Henri Bergson quando se trata de pensar a significação, o lugar e o papel do homem no seio das obras da natureza. Tomaremos como fio condutor um duplo postulado compartilhado. Primeiramente, a admissão que uma natureza que é criadora cumpre, no ato da criação, a exigências bem definidas. Por toda a natureza encontraremos em operação um esforço de criação do qual se originam todos os seus produtos, da matéria ao homem. Em segundo lugar, a constatação de que esses produtos prolongam as exigências nas quais encontram sua razão de ser com maior ou menor sucesso. Uma vez discernida a cadeia
dos seres que se desprende dessa grande empresa de criação, Tarde e Bergson localizarão o homem em seu topo. Este será ao mesmo tempo tratado como um de seus produtos, aparentado a tudo o que preside sua aurora, e como um produto excepcional, aquele no qual será possível à natureza encontrar uma solução às suas exigências fundamentais de criação de
maneira excepcionalmente exitosa. Mas o homem saído do movimento geral da natureza, ao prolongar exigências que são pré-antropológicas, não se fará, pelo exercício de sua liberdade, sociabilidade e inventividade, um êxito absoluto de saída. Será preciso aguardar a ação de individualidades excepcionais que, arrastando a humanidade com seu exemplo, resolverão os contrassensos que o gênio inventivo da natureza apenas contornou relativamente. Essas individualidades serão os místicos, figuras que encontraremos nas obras de Tarde e de Bergson cumprindo papel análogo. Tomaremos os devidos cuidados em demonstrar que essas afinidades não nos autorizam, contudo, a um total paralelismo entre os desenvolvimentos
tardiano e bergsoniano. Para Tarde, o esforço que encontramos por toda a natureza é um esforço de harmonização progressiva que visa colocar em uníssono uma multiplicidade pulsional que faz fundo ao que há de regular no universo. Para Bergson, tratar-se-á de um esforço de inserção de indeterminação no universo da necessidade, obra realizada pela evolução do mundo vivo, que cria organismos cujas ações contrastarão com a inércia da matéria. Para o primeiro, a natureza se apresenta como grande plano de composição no qual matéria, vida e homem aparecem como etapas de um processo que conduz a harmonias progressivamente compreensivas. Para o segundo, uma cosmologia que se ocupa da integração entre os estratos do cosmos é inseparável de uma filosofia da vida e mesmo de um transformismo biológico sui generis. Em vez de etapas bem delimitadas, Bergson apresenta vida e matéria enquanto tendências que se contradizem, de cujo embate resulta o conjunto do mundo organizado e, em seu interior, a humanidade, uma das soluções que a vida encontrou ao instrumentalizar a matéria que lhe fazia obstáculo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/7162
Date23 April 2015
CreatorsTeixeira, Rafael Henrique
ContributorsPinto, Débora Cristina Morato
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Câmpus São Carlos, Programa de Pós-graduação em Filosofia e Metodologia das Ciências, UFSCar
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0035 seconds