Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / A regiÃo maxilofacial pode ser afetada por uma variedade de lesÃes benignas (odontogÃnicas e nÃo-odontogÃnicas), mas localmente invasivas. O emprego de um tratamento conservador pode gerar altas taxas de recorrÃncia, enquanto que uma abordagem radical pode acarretar desordens estÃtico-funcionais. O uso da soluÃÃo de Carnoy, enquanto terapia complementar ao tratamento cirÃrgico, tem sido descrito na literatura com o propÃsito de reduzir as taxas de recorrÃncias dessas lesÃes, alÃm de minimizar danos decorrentes de um tratamento cirÃrgico agressivo. Dessa forma, a presente dissertaÃÃo à constituÃda por dois capÃtulos que tÃm como objetivo, respectivamente: 1) caracterizar as propriedades fÃsico-quÃmicas e farmacolÃgicas da soluÃÃo de Carnoy com e sem clorofÃrmio; 2) avaliar in vitro o efeito de diferentes formulaÃÃes da soluÃÃo de Carnoy sobre substratos humanos calcificados. Como abordagens metodolÃgicas, foram realizados estudos laboratoriais. No CapÃtulo 1, procedeu-se com a avaliaÃÃo das propriedades fÃsico-quÃmicas/farmacolÃgicas e comportamento de diferentes formulaÃÃes da soluÃÃo de Carnoy utilizada em cirurgia oral e maxilo-facial atravÃs de microespectroscopia Raman, espectrofotometria UV/VisÃvel, entre outras. Os resultados, desse estudo, evidenciaram que a soluÃÃo de Carnoy apresenta pH Ãcido e, quando da presenÃa do clorofÃrmio, esta torna-se levemente mais Ãcida, bem como confere à soluÃÃo maior viscosidade. Quando as soluÃÃes nÃo foram filtradas apÃs sua preparaÃÃo ocorreu precipitaÃÃo de sais de ferro apÃs o sÃtimo dia quando da utilizaÃÃo do clorofÃrmio em sua composiÃÃo. No CapÃtulo 2, foi realizado um estudo com 36 terceiros molares inferiores e 18 fragmentos Ãsseos mandibulares, ambos doados e coletados de humanos, os quais foram divididos em trÃs grupos: dois grupos experimentais (Grupo I = soluÃÃo de Carnoy com clorofÃrmio; Grupo II = soluÃÃo de Carnoy sem clorofÃrmio) e um grupo controle (soluÃÃo salina). As amostras foram avaliadas atravÃs de microespectroscopia Raman, teste de microdureza Knoop e microscopia eletrÃnica de varredura (MEV) com anÃlise do espectro de energia dispersiva de raios X (EDX). Houve desmineralizaÃÃo/degradaÃÃo das estruturas dentÃrias tanto nas relaÃÃes matriz mineral/matriz orgÃnica e carbonato/fosfato (GI e GII; p<0,05), quanto na relaÃÃo entre os subtipos de colÃgeno (GII; p<0,05). No tecido Ãsseo foi observada degradaÃÃo pela reduÃÃo na relaÃÃo entre os subtipos de colÃgeno (GI e GII; p<0,05). A presenÃa do clorofÃrmio resultou em uma reduÃÃo estatisticamente significante na microdureza superficial das amostras de tecidos dentÃrios (p=0,036). Nos grupos experimentais, o MEV/EDX evidenciou significativas alteraÃÃes estruturais em todas as amostras analisadas. Como conclusÃes de ambos os estudos, tem-se que: (1) a soluÃÃo de Carnoy à uma soluÃÃo estÃvel quando armazenada em temperatura ambiente que, na presenÃa de clorofÃrmio, à passÃvel de precipitaÃÃo de sais de ferro, sofre aumento de sua viscosidade, e seu pH torna-se levemente mais Ãcido; (2) ambas as formulaÃÃes da soluÃÃo de Carnoy (com ou sem clorofÃrmio) apresentam capacidade de desmineralizaÃÃo quando aplicada sobre tecidos humanos calcificados, promovendo alteraÃÃo tanto na matriz mineral quanto na matriz orgÃnica; (3) a presenÃa do clorofÃrmio na soluÃÃo de Carnoy propicia um maior potencial de desmineralizaÃÃo e penetrabilidade teciduais.
| Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:11970 |
| Date | 06 February 2017 |
| Creators | Francisco Samuel Rodrigues Carvalho |
| Contributors | Fabio Wildson Gurgel Costa, Victor Pinheiro Feitosa, Fernando Andrà Campos Viana |
| Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Odontologia, UFC, BR |
| Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
| Language | Portuguese |
| Detected Language | Portuguese |
| Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
| Format | application/pdf |
| Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
| Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0028 seconds