Made available in DSpace on 2014-06-12T18:35:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo7426_1.pdf: 1109693 bytes, checksum: 8476f11c10c229ebe7442e9ff5835e23 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2007 / O presente trabalho estabelece um estudo de um fenômeno de variação do português
brasileiro. O objetivo da pesquisa foi analisar o uso variável da lateral /l/ em coda silábica na
fala de Arcoverde, PE, com localização no sertão pernambucano. Para a realização deste
estudo, adotamos a abordagem sociolingüística, apoiando-nos, para a análise dos resultados,
na Teoria da Variação (LABOV, 1972; 1984; 1996). Analisamos a fala de 48 informantes,
estratificados segundo restrições sociais, quais sejam: sexo, escolaridade, faixa etária e
localização na cidade. Foram computadas quatro variantes, sendo a vocalização [w] (73%) e o
apagamento (22%) as que obtiveram maior percentual de ocorrências, enquanto a fricativa
glotal [h] com 3% e a iotização com menos de 1% foram mais restritas. Considerando as
variantes mais recorrentes, os resultados da pesquisa revelaram que o apagamento da lateral
não é decorrente de restrições sociais, mas sensível ao contexto fonético. Apenas na
localização do falante a variação foi mais evidente, pois os moradores da zona urbana se
revelaram favorecedores à vocalização do fonema, enquanto os moradores da zona rural
tendem a aplicar significativamente a regra do apagamento. Para a análise lingüística,
consideramos as restrições contexto precedente, contexto seguinte, classe de palavra,
tonicidade e posição da sílaba da coda, e os resultados indicaram que a restrição classe de
palavra foi a maior favorecedora da vocalização, enquanto o apagamento foi mais evidente
nos contextos precedentes /i/ e /u/. Do ponto de vista da Fonologia, recorremos à Teoria da
Otimalidade (PRINCE & SMOLENSLKY, 1993), na perspectiva de Anttila (1997). Para
associarmos os resultados obtidos com a teoria, consideramos o processo de variação estável
como se comportaram as variantes mais recorrentes. Diante disso, propusemos tableaux
diferentes com um ranqueamento variado, para que cada uma das variantes constituísse um
candidato ótimo. Pela organização dos ranqueamentos, percebemos que a restrição MAX-IO
regula tanto a vocalização, quando ranqueada em posição mais alta, quanto o apagamento,
quando ranqueada em posição mais baixa na hierarquia. Os resultados obtidos com a análise
permitiram o encaminhamento de discussão relativa ao comportamento do fenômeno na fala
na comunidade investigada
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7730 |
Date | January 2007 |
Creators | José de Sá, Edmilson |
Contributors | Virginia Telles de Araújo Pereira Lima, Stella |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0021 seconds