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União dos Médicos - UNIMED: ambivalências e contradições

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Previous issue date: 2009 / The problem underlying this thesis is to analyze how a cooperative that, ideally speaking, is oriented towards values of self-help, responsibility, democracy, equality and solidarity, can be structured within a profession, in this case the medical profession, that traditionally emphasizes liberal values such as individualism and competition as guides of their actions in practice. How to understand this apparent ambivalence and contradiction? Are we in front of the birth of a more cooperative and solidary paradigm, within new labor social relations, promoted by a possible new experience of mediation between the “individualistic liberalism” and the “collectivistic centralism” cosmovisions, the first strongly influenced by individualism and competition, and the second oriented on an anonimous burocracy that brings through massifications values? The aim is to investigate to what extent the labor experience of the Unimed cooperative sees itself in front of such apparent contradictions and ambivalences. Thirty five doctors belonging to three cooperatives located in the North of the State of Rio Grande do Sul participated in the research. Information was collected through individual interviews and through search in official documents of the Unimed. The guiding questions for the interviews were: how the member of the cooperative defines the Unimed? How was his admission into the cooperative and which were the requisites? In which sense the Unimed is important for the member of the cooperative? How is his participation? With respect to the future, which are the perspectives? The results indicate the existence of ambivalences/contradictions in the structure of the cooperative as well as in the practices of the doctors. It was possible to identify elements of three cosmovisions. The one with more influence is the individualistic liberalism.A second, less generalized, presents elements of a bureaucratic centralism. But clear signs of a communitarian and solidary cosmovision were also identified, not only as a result of a natural process, but emphasized by the necessity of resistance to the private health plans, in one side, and by he new public policies in the health field, brought by t he state, in the other side. / O problema que subjaz à presente tese é tentar compreender se é possível que uma cooperativa que, idealmente falando, se orienta por valores de auto-ajuda, responsabilidade, democracia, igualdade, eqüidade e solidariedade, possa se estruturar dentro de uma profissão, no caso a profissão médica, que, tradicionalmente, enfatiza valores liberais, como o individualismo e a competição como guias de suas ações na prática. Como compreender essa aparente ambivalência e contradição? Estaria se constituindo um paradigma mais cooperativo e solidário dentro de novas relações sociais de trabalho, promovido justamente por profissionais que tradicionalmente se reconhecem como liberais? Estaríamos diante de uma possível experiência de mediação entre as cosmovisões do "liberalismo individualista" e do "centralismo coletivista", a primeira fortemente influenciada pelo individualismo e pela competitividade, e a segunda que se orienta por valores baseados numa burocracia anônima que leva a massificação? Procura-se investigar até que ponto a experiência de trabalho da cooperativa Unimed se coloca diante dessas aparentes contradições e ambivalências. Participaram da pesquisa trinta e cinco médicos de três cooperativas localizadas no norte do estado do Rio Grande do Sul. As informações foram obtidas por meio de entrevistas individuais e consulta a documentos oficiais da Unimed. As questões norteadoras que nos serviram de guia nas entrevistas foram: Como o cooperativado define a Unimed? Como foi o seu ingresso e quais as exigências? Em que sentido a Unimed é importante para o cooperativado? Como se dá a participação do cooperativado? Quanto ao futuro, quais as perspectivas? Os resultados indicam a existência de ambivalências/contradições tanto na estrutura da cooperativa, quanto nas práticas dos médicos.Foi também possível identificar os elementos de três cosmovisões, e a que mais se destacou foi a do liberalismo individualista, além de elementos de um centralismo burocrático. Mas houve também sinais de uma cosmovisão comunitário-solidária, não apenas como resultado de um processo natural, mas incentivado pela necessidade de resistirem aos planos de saúde privados, por um lado, e pelas novas políticas públicas no campo da saúde, trazidas pelo Estado, por outro lado.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/4895
Date January 2009
CreatorsPossamai, Hélio
ContributorsGuareschi, Pedrinho A.
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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