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Atenção a saude da gestante e mortalidade neonatal

Orientador: Marilisa Berti de Azevedo Barros / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T21:36:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: Este trabalho foi composto por três tipos de estudos epidemiológicos sobre mortalidade neonatal e atenção à saúde no município de Campinas-SP, no período compreendido entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002. No primeiro estudo, uma coorte de 49.310 nascidos vivos, dos quais 327 evoluíram para óbito antes de completar 28 dias de vida, foi analisada para identificar os fatores associados a mortalidade neonatal tendo como potenciais fatores de risco as variáveis presentes na declaração de nascidos vivos (DNV). A análise de regressão de Cox multivariada mostrou associação estatisticamente significativa entre nascidos vivos de mães viúvas ou separadas, primíparas, que realizaram menos de 7 consultas durante o pré-natal, nascidos em hospital-escola público ou em hospital privado contratado pelo SUS, do sexo masculino, com Apgar no quinto minuto <8, com peso ao nascer <2500 gramas e a duração da gestação <37 semanas. Este estudo revelou que as variáveis indicativas das condições sociodemográficas (idade e escolaridade maternas) não influenciaram o óbito neonatal. Reforçou a importância do nascimento de baixo peso e/ou pré-termo como as condições mais fortemente associadas ao óbito no período neonatal. No segundo estudo, os fatores associados a mortalidade neonatal foram analisados a partir de um desenho caso-controle, que incluiu 117 óbitos neonatais e 234 controles. As informações foram obtidas através de entrevistas domiciliares. A análise de regressão logística múltipla com modelo hierarquizado identificou como fatores associados ao óbito neonatal: variáveis indicadoras de nível socieco-econômico (renda, naturalidade, número de moradores no domicílio e não escolha do hospital do parto); de morbidade materna (sangramento vaginal, parto antecipado por problema de saúde e tempo decorrido entre a internação e o parto); de qualidade do pré-natal (número de orientações recebidas durante o pré-natal); e de condições do recém-nascido (idade gestacional, peso ao nascer e Apgar no quinto minuto). O número de consultas de pré-natal inferior a 5 mostrou associação com o óbito neonatal, quando estratificado pela duração da gestação, apenas para os nascimentos com menos de 37 semanas de gestação (p=O,OI5). Ainda em relação à atenção durante o pré-natal, a ausência ou o pequeno número de orientações, que se manteve associado ao óbito neonatal no modelo final, pode estar representando outras variáveis da qualidade da atenção, que se apresentaram associadas ao óbito neonatal na análise multivariada com modelo hierárquico, mas que não permaneceram no modelo final.
O terceiro estudo, com uma amostra de 248 gestantes, foi desenvolvido para analisar as desigualdades na atenção a saúde, comparando diferentes estratos de renda. As informações foram obtidas através de entrevistas domiciliares. O resultado mostrou um predomínio de mulheres jovens, pretas ou pardas, com baixa escolaridade, sem atividade econômica e morando sem o companheiro, no grupo composto por gestantes de renda per capita inferior a 1 salário mínimo. Também entre as de menor renda estavam as gestantes que menos planejaram a gravidez, que fizeram o menor número de consultas, que iniciaram o pré-natal mais tardiamente e que mais utilizaram os serviços públicos de saúde. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre duração da gestação e peso ao nascer nos dois estratos de renda e a proporção de parto cesáreo foi maior entre as de maior renda. A avaliação da utilização dos cuidados pré-natais foi realizada usando como referencia três Úldices(Kessner, APNCU e Recomendações do Ministério da Saúde). Por qualquer dos Úldicesa proporção de pré-natal inadequado foi maior entre as gestantes de menor renda. No contexto analisado, as condições sociais e demográficas não se expressaram como fortemente diferenciadoras dos riscos de mortalidade neonatal. A influência dos antecedentes reprodutivos e de atenção à saúde no óbito neonatal, colocam a importância de ações que melhorem a qualidade do cuidado durante o pré-natal e o parto, para redução dos nascimentos pré-termos e/ou de baixo peso. Os resultados indicam ainda que a organização dos serviços públicos tem conseguido viabilizar, em alguns aspectos, a promoção da eqüidade na saúde materno-infantil / Abstract: The first a coort of 49,310 live bom, in with 327 deaths in the neonatal period. The varaibles regularly registred in the Birth Certficate were analysed to identify the factors associated to neonatal deaths. Cox regression ana1sis in a hierarquical model showed a significant statistic association among live borns from widows or separated mothers, primiparous, mothers with less than 7 prenatal visits, birth at public school-hospital or at private hospital with National Unified Health System (SUS) agreement, male , Apgar score <8 at 5th minute, low birth weight «2500 g.) and preterm (gestational age <37 weeks). It was observed that sociodemographic variables (age and maternal education) had no influence on neonatal mortality. The study reinforced the importance of low birth weight and/or preterm as conditions strongly associated to death in the neonatal period. In the second study, a case-control with 117 neonatal deaths and 234 controls was used to assess factors associated to neonatal mortlity. Data were obtained from household interviews. A multiple logistic regression analysis, in a hierarquical model, identified as factors associated to nenonatal deaths: socioeconomic variables (income, immigration, number of dwellers and no choice of delivery hospital), maternal morbidity (vaginal bleeding, premature delivery related to health problems, time elapsed between hospital admission and delivery), quality of prenatal care (number of orientations received) and newbom health conditions (gestational age, low birth weight and Apgar score at 5th minute). Among term deliveries, less than 5 prenatal visits did not show association with neonatal death when stratified by gestational age, but among preterms « 37 weeks) the association showed a statistical significance (p=0,015). The variable of prenatal assistance "the absence or little number of orientations", that remained associated to neonatal death in final model, may be representing other variables of quality of assistance, that initially showed association with neonatal death in the hierarquical model but did not remain in the final model. The third study, a sample of 248 pregnant women, was drawn to analyse inequlities in health care, comparing two different income extracts. Data were obtained from household interviews. The study showed a predominance of young women, black or mulatto, with low education, with no economic activity and living without a mate, in the group of pregnants with less than 1 minimun wage per capita income. Also among the low income the proportion of pregnants that pregnancy was lower, had fewer number of prenatal visits, began the prenatal later and used public services most1y. No statistically significant difference was oberved between gestational age and birth weight between the two income group. The proportion of cesarean section was higher in the higher income. The evaluation of prenatal use of services was analysed through three referential indexes (Kessner, APNCU and Ministry of Health norms). Ali index pointed out, that the proportion of inadequate prenatal care was higher among pregnants in the lower income group. In the context of this analysis, sociodemografic conditions do not appear quite strong to distinguish neonatal mortality risks. The influence of reprodutive antecedents and health assistance in neonatal period, indicate the importance of improving the quality of prenatal and delivery care, to reduce preterm and low birth weight births. Still, the results indicate that, in some aspects, public health services suceed in promote maternal and children health equity / Doutorado / Saude Coletiva / Doutor em Saude Coletiva

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311171
Date20 February 2004
CreatorsAlmeida, Solange Duarte de Mattos
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Barros, Marilisa Berti de Azevedo, 1948-, Almeida, Marcia Furquim de, Neto, Otaliba Libanio de Morais, Oliveira, Helenice Bosco de, Corrêa, Carlos Roberto Silveira
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format190 p., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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