Return to search

Produção de cana-de-açúcar para obtenção de etanol hidratado no Rio Grande do Sul : uma análise utilizando dinâmica de sistemas

O Brasil destaca-se internacionalmente pela utilização do etanol derivado de cana-de-açúcar em sua matriz energética. O crescimento da frota de veículos flex-fuel gera uma demanda potencial crescente de etanol hidratado combustível. Os níveis de consumo deste combustível não são homogêneos em todo país. Longe dos centros de produção de cana-de-açúcar e com uma das maiores alíquotas de ICMS do país, o Rio Grande do Sul é frequentemente apontado como o estado que possui o etanol hidratado mais caro do país. Como o preço nas bombas de combustível raramente atinge um nível para torná-lo competitivo com a gasolina, o Rio Grande do Sul possui também um dos menores consumos de etanol hidratado, já que os proprietários de veículos flex raramente optam pelo abastecimento com este combustível. Um novo zoneamento agrícola, publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 2009, incluiu 182 municípios do Rio Grande do Sul como aptos para a produção de cana-de-açúcar com fins de produção de etanol. A partir da publicação deste zoneamento iniciou-se uma discussão sobre a possibilidade do aumento da produção de canade- açúcar e de etanol combustível no estado. Para auxiliar nesta discussão, este trabalho propõe um modelo de dinâmica de sistemas que aborda o relacionamento entre as principais variáveis que compõem a cadeia de produção do etanol hidratado. Através de simulações, realizadas com o software VENSIM, envolvendo diferentes valores de produtividade de canade- açúcar e da alíquota de ICMS para o etanol hidratado, obtemos diferentes cenários para o crescimento da área colhida de cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul com base no retorno financeiro dos produtores. A análise dos cenários levandados mostrou que a produção de cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul, com os atuais níveis de produtividade e com a atual alíquota de ICMS para o etanol hidratado combustível não é economicamente viável a longo prazo. As simulações do modelo mostraram que, mesmo no cenário mais favorável, considerando aumento de produtividade, redução na alíquota de ICMS e aumento do preço da gasolina, ainda haveria oscilações e instabilidade para o aumento de área plantada de cana-de-açúcar. / Brazilian use of sugar cane ethanol in its energy matrix has been gaining international recognition. With a growing fleet of flex fuel vehicles, Brazil has been building an each year greater demand for ethanol. Nevertheless, consumption levels throughout the country are not homogeneous. Far from sugar cane production centers and with one of the nations higher ethanol selling tax, state of Rio Grande do Sul is frequently pointed as the state that has the higher ethanol selling price in the country. As its price at fuel stations seldom reach a competitive price against gasoline, the demand of fuel ethanol in Rio Grande do Sul is also one of the lowest in the country, as the owners of flex-fuel vehicles rarely chose ethanol to fill their tanks. A new agricultural zoning act, published by Brazil Agriculture Ministry in 2009, included 182 Rio Grande do Sul counties as able to produce sugar cane for ethanol production. The counties listed on the zoning act can apply for official public policies, insurance and financing. Upon the publication of this zoning act a discussion began about the increasing of sugar cane and ethanol production in Rio Grande do Sul. For better understanding and analysis of sugar cane business in Rio Grande do Sul, this work purposes a system dynamics model, involving the relationship among the main variables that constitutes the fuel ethanol supply chain. Using VENSIM software, different arrangements for sugar cane productivity and fuel ethanol sales tax were simulated and different outputs for sugar cane area and ethanol production were obtained. The analysis of the results showed that considering actual productivity and state tax on ethanol fuel levels, the production of sugar cane in the state of Rio Grande do Sul is not sustainable. Model simulations yielded, even in the most positive scenario, considering productivity increase, tax reduction and gasoline price increase, unstable and swinging behavior for acreage increase.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/62119
Date January 2012
CreatorsDemczuk, Andre
ContributorsPadula, Antonio Domingos
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds