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Histopatologia dos mecanismos de resistência de pimentão a Leveillula taurica, agente causal de oídio / Histopathology of the resistance mechanisms of bell pepper to Leveillula taurica, the causal agent of powdery mildew

Leveillula taurica, agente causal de oídio, é o patógeno mais importante da cultura do pimentão, tanto em cultivo protegido como em campo. A variedade `HV12 &#769; é a única fonte estável de resistência de C. annuum ao fungo, amplamente utilizada em programas de melhoramento, cuja herança genética é de natureza complexa, oligogênica, com dominância parcial ou aditiva. Ainda não há estudos histopatológicos sobre a interação entre variedades de pimentão e L. taurica. Assim, o presente estudo visou comparar a anatomia do sistema dérmico, vascular e fundamental de folhas da variedade `HV12 &#769; com a variedade suscetível \'Magali\' e também as respostas histopatológicas destas variedades frente à infecção por L. taurica, aos cinco, dez e vinte dias após a inoculação. As variedades apresentam semelhanças anatômicas entre si, porém \'HV12\' possui maior número médio de estômatos que \'Magali\'. Em relação à morfometria, a variedade suscetível possui maior comprimento e largura médio de estômatos. L. taurica infecta e coloniza a variedade `HV12 &#769; através da emissão de haustórios em todos os tempos de infecção (5, 10 e 20 d.a.i.) demonstrando que a resistência pré-haustorial não é capaz de barrar a infecção. Na variedade `Magali &#769;, também visualizamos haustórios em todos os tempos estudados. No entanto, diferente da variedade resistente, verifica-se a hipertrofia de células do parênquima esponjoso de modo a descaracterizar este tecido e obstruir significativamente os espaços intercelulares. Os testes histoquímicos apontaram corpos proteicos no citoplasma das células do mesofilo em ambas as variedades, porém de maiores dimensões em \'HV12\' principalmente aos 20 d.a.i., indicando que estes podem estar relacionados a defesa. Grãos de amido foram observados somente aos 05 d.a.i. em \'Magali\', ao passo que em \'HV12\' estes foram observados em todos os tempos, indicando que o patógeno não foi capaz de desviá-los, bem como, sua capacidade de manter o metabolismo de carboidratos e a atividade de seus cloroplastos. O presente estudo refuta o conceito de que a variedade `HV12 &#769; é imune ao patógeno, mostrando que L. taurica consegue estabelecer uma relação de \"compatibilidade básica\" com esta variedade e que seus mecanismos de defesa devem ser de resistência pós-haustorial. / <span lang=EN-US>Leveillula taurica<span lang=EN-US>, causal agent of powdery mildew, is the major pathogen of the bell pepper, both in field and greenhouse crops, causing serious losses. \'HV12\' is the unique source of resistance of C. annuum to the pathogen, widely used in breeding programs and resistance studies. The inheritance of its resistance is complex, oligogenic with partial or additive dominance effects. There are no histopathological studies on the interaction between bell pepper varieties and L. taurica. Thus, the aim of the present study was to anatomically compare the leaves of \'HV12\' with those of the susceptible variety \'Magali\' as well as the histological responses on these varieties to infection with L. taurica at five, ten and twenty days after inoculation. There are no anatomical differences between the varieties, but \'HV12\' has a greater average number of stomata that \'Magali\'. In relation to morphometry, the stomata of \'Magali\' are longer and wider. L. taurica infects and colonizes \'HV12\' by emitting haustoria, which were observed at all time points (5, 10 and 20 d.a.i.) demonstrating that its resistance does not operate at the pre-haustorial stage. In `Magali\', haustoria were also observed at all times. However, unlike the resistant variety, the cells of the spongy parenchyma displayed hipertrophy to the point of obstructing the intercellular spaces of this tissue. Histochemical tests revealed protein bodies in the cytoplasm of the mesophyll cells on both varieties, but they were larger in \'HV12\' mainly at 20 d.a.i., indicating that these may be related to plant defense. Starch grains were observed only at 05 d.a.i. in \'Magali\', whereas in \'HV12\' these were observed at all times, indicating that the pathogen was not able to divert them, as well as their ability to maintain carbohydrate metabolism and the activity of their chloroplasts. The present study refutes the concept that the \'HV12\' variety is immune to the pathogen, showing that L. taurica can establish a &quot;basic compatibility&quot; relationship with this variety and that its defense mechanisms must be post-haustorial in nature.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-26072019-154544
Date25 March 2019
CreatorsMacêdo, Vanessa Marcele
ContributorsCamargo, Luis Eduardo Aranha
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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