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Previous issue date: 2008 / O modelo tecnológico empregado, na fruticultura irrigada do Vale do São Francisco utiliza grande quantidade e variedade de agrotóxicos, o que leva a efeitos na saúde humana. Entre esses efeitos está a problemática das neoplasias malignas. Porém a correlação de agrotóxicos e câncer é complexa principalmente pelas dificuldades dos modelos de estudo que são em sua maioria de tipo experimental, clínico e epidemiológico. Aqui reside a relevância desta investigação que objetivou estudar o potencial carcinogênico dos agrotóxicos utilizados na fruticultura do Vale do São Francisco mediante um modelo preditivo de utilidade para a Vigilância da Saúde. Para tanto, foi utilizado o modelo de carcinogenicidade químicoquântica computacional que parte da premissa que os carcinógenos interagem com o DNA através de um processo de transferência de elétrons. Para a correta interpretação dos indicadores que objetivavam a prevenção de situações de risco, foi feita a contextualização do problema através, de um estudo descritivo da avaliação do processo produtivo, ocupacional e ambiental da região, bem como um estudo com dados secundários da mortalidade por câncer. Os resultados apontam que a exposição é dependente de várias situações de risco, seja pelas práticas no manuseio de agrotóxicos e ou pelo contexto de contaminação ambiental. Foi observado que os agricultores fazem uso indiscriminado de agrotóxicos, muitas vezes sem assistência técnica e em condições inseguras e insalubres de trabalho, como também a falta de ações de promoção e proteção da saúde no nível individual e coletivo. A morbidade referida foi congruente com a esperada em situações de intoxicação por agrotóxicos e o perfil da mortalidade por câncer é semelhante ao encontrado em outras regiões agrícolas. Os agrotóxicos são em sua maioria inseticidas, do grupo organofosforados, dos quais 44 por cento são classificados como muito perigosos para o ambiente e 18 por cento extremamente tóxicos para a população / A análise da carcinogenicidade química revelou que para os agrotóxicos mais utilizados, 87 por cento possuem potencia carcinógenos e 7 por cento são potencialmente pré - carcinógenos, indicando uma evidente situação de vulnerabilidade para o câncer. O modelo de carcinogenicidade química mostrou-se viável para análise do potencial carcinogênico de agrotóxicos, podendo constituir-se em uma ferramenta adicional para a Vigilância da Saúde por ter caráter preditivo do potencial carcinogênico de substâncias químicas
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/3907 |
Date | January 2008 |
Creators | Bedor, Cheila Nataly Galindo |
Contributors | Augusto, Lia Giraldo da Silva, Pavão, Antonio Carlos, Rêgo, Marco Antônio Vasconcelos |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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