Cette recherche est consacrée à l’analyse de la pratique sociale de la Commission Pastorale de la Terre Nordeste 2 (CPT NE 2), une organisation laïque de l’Église catholique, dans la région Nordeste. Au service des travailleurs agricoles et des paysans sans terre, dans la lutte pour la réforme agraire, l’organisation opère dans la partie septentrionale de la zone de la canne à sucre de l’État du Pernambouc (Brésil). L’étude porte sur la période qui court entre 1988, année de sa naissance, et le début des années 2000, moment où diminue sa participation aux conflits fonciers et dans les mouvements d’occupation de terres. La principale problématique interroge les actions de la CPT en milieu rural afin de comprendre si elle incarne une forme inédite d’engagement social ou, selon les termes de ses acteurs, “une nouvelle manière d’être Église”. Pour ce faire, nous l’analysons, dans un premier temps, en regard des organisations catholiques antérieures, nées au début des années 1960, dans le cadre de l’Action Catholique Rurale. Entre ces JAC, MEB, SORPE, ACR, MER et autres PR NE 2 et la CPT, quelle est la part des continuités et des ruptures ? Ensuite, l’organisation est abordée à l’aune de son engagement dans la lutte pour la réforme agraire, des mobilisations sociales auxquelles elle participe et de ses rapports aux autres acteurs sociaux : MST, STRs, FETAPE, monde politique et autorités publiques, afin d’identifier ses formes d’action et définir leur originalité. En dernier lieu, sa pratique est analysée à partir du milieu social, des matrices socio-religieuses d’où sont issus ses acteurs et les médiateurs qui transmettent la mémoire sociale d’Église dans la région.Enfin, la recherche vise aussi à définir en quoi et jusqu’où les modes d’action et les acteurs de la CPT NE 2 relèvent des formes de mobilisation des Nouveaux Mouvements Sociaux (NMS) qui agissent en Amérique Latine et, notamment, au Brésil, à partir des années 1980. / This research analizes the social practice of the Northeast’s Pastoral Land Commission (CPT NE 2), a lay organization of the Catholic Church, in the Northeast region. Serving rural workers and landless people, in the struggle for agrarian reform, the organization operates in the septentrional part of the sugar-cane zone of the state of Pernambuco (Brazil). The analysis covers the period from 1988, the year of its foundation, and early 2000s, when its participation in land conflicts and occupancy movements decreases. The central issue is intended to question the actions of CPT in rural areas to understand whether it is an unprecedented form of social engagement or, as their own actors state, "a new way of being Church." In order to do so, we analyze, at first, from the standpoint of former Catholic organizations, created in the early 1960s, in the context of Rural Catholic Action. Comparing between JAC, MEB, SORPE, ACR, MER, on one side, and PR NE 2 and CPT, on another, which is the portion of continuities and disruptions? Then, the organization is discussed in terms of its engagement in the struggle for the agrarian reform, the social movements it participates and its relationship with other social actors: MST, STRs, FETAPE, the political sphere and public authorities, to identify its performance and define its originality. Finally, its practice is examined from the social environment, the socio-religious matrixes from which its actors and mediators who transmit the social memory of the Church in the region. At last, the research also aims to define how and to what extent the performance and the actors of CPT NE 2 result from the mobilization strategies of the New Social Movements (NMS) that operate in Latin America and, especially in Brazil, as of the 1980s. / Esta pesquisa procura analisar a prática social da Comissão Pastoral da Terra Nordeste 2 (CPT NE 2), uma organização leiga da Igreja católica, na região Nordeste. A serviço dos trabalhadores rurais e sem terra, na luta pela reforma agrária, a organização atua na parte setentrional da zona canavieira do Estado de Pernambuco (Brasil). A análise abrange o período compreendido entre 1988, ano de sua fundação, e o início dos anos 2000, momento em que a sua participação nos conflitos de terra e nos movimentos de ocupação diminui. A problemática principal visa a interrogar as ações da CPT nomeio rural a fim de compreender se ela constitui uma forma inédita de engajamento social ou, segundo afirmam os seus próprios atores, “uma nova maneira de ser Igreja”. Para tanto, nós a analisamos, num primeiro momento, do ponto de vista das organizações católicas anteriores, nascidas no início dos anos 1960, no contexto da Ação Católica Rural. Entre, de um lado, JAC, MEB, SORPE, ACR, MER e, de outro, PR NE 2 e CPT, qual a parcela de continuidades e de rupturas ? Emseguida, a organização é abordada do ponto de vista do seu engajamento na luta pela reforma agrária, das mobilizações sociais das quais ela participa e da sua relação com os outros atores sociais: MST, STRs, FETAPE, esfera política e autoridades públicas, a fim de identificar as suas formas de atuação e de definir a sua originalidade. Em último lugar, a sua prática é analisada a partir do meio social, das matrizes socio-religiosas de onde provêm os seus atores e dos mediadores que transmitem a memória social da Igreja na região. Por fim, a pesquisa visa também a definir de que forma e até que ponto as formas de atuação e os atores da CPT NE 2 resultam das estratégias de mobilização dos Novos Movimentos Sociais (NMS) que atuam na América Latina e, especialmente no Brasil, a partir dos anos 1980.
Identifer | oai:union.ndltd.org:theses.fr/2012TOU20082 |
Date | 24 September 2012 |
Creators | Carvalheira de Maupeou, Samuel |
Contributors | Toulouse 2, Universidade federal de Pernambuco (Récife, Brésil), Marin, Richard, Rufino Dabat, Christine |
Source Sets | Dépôt national des thèses électroniques françaises |
Language | French |
Detected Language | French |
Type | Electronic Thesis or Dissertation, Text |
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