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Ecologia da reprodução assexuada de Palythoa caribaeorum (Zoanthidea :Cnidaria)

Orientadores: Luiz Francisco Lembo Duarte, Paul W. Sammarco / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-28T14:49:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: O zoantídeo Palythoa caribaeorum se reproduz assexuadamente no Canal de São Sebastião, S.P., Brasil, usando quatro mecanismos de fissão e dois mecanismos de fragmentação. Esta variedade de modos, registrada pela primeira vez para a espécie, sugere grande plasticidade fenotípica e alta capacidade das colônias em responder a diferentes limitações do habitat durante seu crescimento. Cerca de 55% da população se reproduz através de fissão e somente 7% por fragmentação. O maior aporte de ramets (novos indivíduos) à população realizou-se por fissão (1304 ramets em um ano),particularmente via fissão marginal "Edge fission", enquanto que o aporte por fragmentação foi consideravelmente menor (64). A contribuição da fissão ao crescimento populacional de P.caribaeorum parece ser, portanto, bastante significativa. A fissão parece ser controlada pela colônia (controle genético), porém sua intensidade muda devido a fatores extrínsecos (bióticos e/ou abióticos), principalmente aqueles relacionados a características do microhabitat em tomo das colônias (ex. densidade, tipo e quantidade de recursos: substrato, alimento, etc.). Este tipo de reprodução assexuada ocorreu em colônias de qualquer tamanho com taxa constante e uniforme durante o ano todo (distribuindo a probabilidade de sobrevivência dos ramets no tempo). A freqüência de fissão não diferiu entre: 1) locais com diferentes níveis de estresse (ex. maior turbidez, maior sedimentação, e menos luz), 2) locais com diferenças na mortalidade parcial das colônias, 3) estações do ano (com flutuação de temperatura) e 4) profundidade (com variação na intensidade de luz). A fragmentação causada por distúrbios físicos (ex. tormentas) variou no tempo (menor no inverno), mas não no espaço. Já a fragmentação devida à mortalidade parcial foi maior nos locais rasos, onde ocorreu maior incidência de uma doença recentemente descoberta neste estudo. Mortalidade parcial (<5% da área total da colônia afetada) ocorreu em 40% da população, sendo maior no local com maior estresse, mas esta nem sempre gerou reprodução assexuada, não sendo, consequentemente um fator determinante na formação de ramets (via fragmentação ou fissão). A doença, de patógeno desconhecido, registrada pela primeira vez para a ordem Zoanthidea, esteve relacionada diretamente com a temperatura da água e variou no espaço e no tempo. Durante o verão e parte do outono, no pico da reprodução sexuada da espécie, 14 a 20% da população foi infestada. A freqüência da doença e a taxa da reprodução assexuada estiveram diretamente relacionadas ao tamanho da colônia em P. caribaeorum. Assim, a doença (provocando perda de tecido, de gônadas, de área de alimentação, e aumentando o gasto energético para combate-la e reparar tecidos) poderia implicar em queda da reprodução e da aptidão da espécie. A formação de ramets nas colônias pode demorar desde semanas até possivelmente anos. Este estudo mostrou que a dispersão dos mesmos é rápida (3 meses após sua formação) e facilitada pelas correntes, diminuindo no inverno quando o nível de estresse é maior. A maioria dos ramets quantificados foi pequena e, desta forma, sujeita provavelmente a altas taxas de mortalidade. No entanto, a sobrevivência dos ramets e sua contribuição real ao crescimento populacional ainda necessitam ser estudadas / Abstract: The zoanthid Palythoa caribaeorum shows asexual reproduction i the São Sebastião Channel, S.P., Brazil through four mechanisms of fission and two mechanisms of fragmentation. The diversity of reproductive modes in this species reported for the first time, reflected high phenotypic plasticity of the colonies and their ability to respond to constraints imposed by the habitat during it growth. 55% of the population reproduced by fission and 7% by fragmentation. High numbers of ramets were produce through fission (1304 ramets per annum), particularly via "Edge fission", whereas ramets derived by fragmentation were few (64). Fission may be the most important source of ramets to population growth in P. caribaeorum. Fission appeared endogenously controlled by the colonies (genetically programmed), however, it expression was regulated by extrinsic factors (biotic, abiotic), especially them related with the microhabitat around the colonies (e.g. density, type and resource quality: substrate). Fission occurred in colonies of any size, with constant and uniform frequency along the year (spreading the risk through time it may increase ramet survivor). Fission did not varied between 1) sites exposed to different stress level (e.g. higher turbidity, higher sedimentation, and lower light levels), 2) sites experienced different partial colony mortality, 3) seasons (temperature fluctuation), and 4) depths (changing in light intensity). Fragmentation due physical disturbance (e.g. storms) did change through time (it was lower during the winter), but not in space. Fragmentation due partial colony mortality (e.g. disease) was higher in shallow water, according with the higher incidence of a new disease discovered here. 40% of the population showed partial colony mortality (< 5% total colony area affected), been higher in the stressful site. Partial mortality did not necessarily induce asexual reproduction, then, it is not an important factor in ramet formation in this study (via fragmentation or fission). A new disease (pathogen unknown) reported here for the first time for the order Zoanthidea was direct1y related with water temperature. It degree of infection, however, varied in space and time. 14 to 20% of the population was infected during the summer and early fall, corresponding with gonad maturation time for this species. Disease and asexual reproduction were directly related with colony size in Palythoa caribaeorum. Thus, disease (tissue and gonad lost, less feed area, and higher energy expenditure to fight the pathogen and for tissue repairson) may decrease reproduction output and the fitness in this species. Ramet formation may take weeks to probably years. Ramet dispersal was fast (completed in less than 3 months after it formation) and facilitated by currents. Ramet dispersal was lower during the winter when environmental conditions were harsh. Most ramets were small size; in consequence, they might experience high mortality. Ramet survivor and the real contribution of ramets to the. Population growth, however, remain unknown at this time / Doutorado / Doutor em Ecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/316074
Date30 November 1999
CreatorsMoreno, Luis Alberto Acosta
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Sammarco, Paul W, Duarte, Luiz Francisco Lembo, 1951-, Castro, Clovis Barreira e, Leite, Fosca Pedini Pereira, Mangoto, Alvaro Esteves, Amaral, Eloisa Helena Morgado do
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format215p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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